A Campbell Soup encarregou a Goldman Sachs e a Certerview Partners para a abertura de um processo para o desinvestimento nos seus negócios fora da América do Norte, cuja faturação anual ronda os 1.795 milhões de euros.
A medida faz parte do plano de reestruturação da empresa, que passará a centrar-se no negócio de aperitivos e conservas naquela região.
Deste modo, a multinacional quer desfazer-se das suas filiais Campbell International e Campbell Fresh. A Campbell International inclui os ativos Arnott’s e Kelsen Group e as operações de produção na Indonésia e Malásia, assim como os negócios em Hong Kong e no Japão. Já a Campbell Frseh é formada pela Bolthouse Farms, Garden Fresh Gourmet e pelo negócio das sopas refrigeradas da multinacional.
O montante obtida com a venda destes ativos será utilizado na reestruturação da dívida. Além disso, como consequência desta reorganização da carteira de negócios, a empresa aumentou em 128 milhões de euros a sua meta de poupança de custos para 2022.
“O conselho da Campbell tomou em consideração várias opções estratégicas, incluindo a otimização do portfólio, desinvestir em negócios, dividir a empresa e até a sua venda“, indica Keith McLoughlin, presidente interino e diretor executivo da multinacional, sublinhando que a opção tomada tem por objetivo maximizar a criação de valor para os acionistas. Não obstante, o gestor ressalva que o conselho “permanece aberto e comprometido em avaliar todas as alternativas estratégicas para melhorar o valor da empresa no futuro“.
A Campbell Soup obteve um lucro líquido atribuído de 223 milhões de euros no encerramento do seu ano fiscal, menos 70,6% que no período homólogo anterior. As vendas atingiram os 7.429 milhões de euros, mais 10% face ao ano antecedente, e os custos cresceram 26,6% para os 7.028 milhões de euros. No quarto trimestre, os lucros caíram 70,4% para os 80 milhões de euros, enquanto que as vendas aumentaram 33,3% para os 1.898 milhões de euros.
