Foi uma das criatividades mais comentadas e discutidas no mercado publicitário português nos últimos anos. A recente campanha que a IKEA lançou em Portugal – assinada pela UZINA e com um piscar de olho humorístico à atualidade política e ao ambiente pré-eleitoral que se vive no país – suscitou múltiplas reações e notícias, originando até um debate sobre a existência, ou não, de limites ao humor e à comunicação comercial.
Independentemente do sentido das opiniões em torno dos outdoors, o buzz criado à volta da campanha permitiu à IKEA, pela primeira vez desde a sua entrada no mercado português, assegurar um lugar no top 5 semanal das marcas mais recordadas, segundo a análise da publicidade genérica da Marktest.
Subida de 61 posições
O indicador trabalhado através do estudo regular Tracking Genérica, que recolhe a recordação sobre marcas, independentemente da classe de produto e do meio de comunicação, revela que, na semana de lançamento da nova campanha, a IKEA subiu 61 posições face à semana anterior, atingindo o quarto lugar do ranking de marcas com maior recordação.
A marca sueca conseguiu, assim, o feito de furar, pela primeira vez, um top de notoriedade e recordação que tem sido ocupado de forma consistente pelas três principais operadoras de telecomunicações (Vodafone, Meo e NOS), por insígnias de distribuição alimentar, como o Continente, o Lidl e o Pingo Doce, ou por marcas como a Worten e a Nike.
Para perceber ainda melhor o efeito desta campanha na notoriedade e recordação da IKEA, refira-se que, no histórico de presença da marca em Portugal, a melhor posição jamais ocupada neste estudo, ao longo de um ano inteiro, foi um 17.º lugar. Em 2023 a marca ocupou o 47.º lugar no ranking global de marcas mais recordadas pelos portugueses.