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Apenas 10% das empresas portuguesas estão na liderança digital

Atualmente, 10% das empresas portuguesas são líderes digitais, de acordo com o indicador de transformação digital da Dell Technologies (indicador DT). 

O indicador DT, elaborado em colaboração com a Intel, mapeia o progresso da transformação digital de empresas de média e grande dimensão, tendo como base as expectativas e receios digitais dos líderes de negócio de todo o mundo.

Este estudo revela que 94% dos líderes de negócio portugueses acreditam que, dentro de cinco anos, as suas organizações terão que se esforçar ainda mais para responder aos pedidos dos seus clientes e 13% teme que a sua organização seja ultrapassada.

Os cálculos do indicador DT têm como base a perceção do desempenho empresarial nas áreas da disponibilidade de serviços ou produtos core através do digital, a estratégia de TI existente, a estratégia de transformação da força de trabalho e os investimentos planeados.

Atualmente, 10% das empresas portuguesas estão a adotar o digital, o que significa que estão a avançar com os seus planos digitais e de aposta na inovação.iO Indicador de transformação digital revela que existe ainda um número significativo de empresas que estão nos dois grupos inferiores, ou seja, cujo percurso para a transformação digital é muito lento ou que ainda não possuem um plano digital.

Segundo a pesquisa, 90% das empresas portuguesas estão a enfrentar grandes impedimentos para a transformação digital ao dia de hoje. De acordo com o estudo, as principais barreiras à transformação digital em Portugal são a falta de orçamento e recursos, privacidade de dados e preocupações com a cibersegurança, cultura digital imatura, falta de alinhamento e colaboração em toda a empresa, falta de uma estratégia e visão digital coerente e a abordagem reativa para atividades concorrentes.

Estas são as barreiras que estão a dificultar os esforços em torno da transformação digital. Por exemplo, 82% dos líderes de negócios portugueses acreditam que a transformação digital deve ser generalizada por toda a organização. 44% acredita fortemente que vai conseguir antecipar o futuro de forma disruptiva em apenas cinco anos, sem ser ultrapassado. “Já falamos sobre estar à beira de uma tremenda mudança há algum tempo. Mas tal não é mais o caso”, confirma Gonçalo Ferreira, General Manager for DellEMC Commercial em Portugal. “A próxima era digital chegou e já está a mudar a maneira como vivemos, trabalhamos e conduzimos negócios. O que significa que o tempo urge. A transformação genuína precisa acontecer agora e precisa ser radical”.

O estudo indica que as empresas estão a tomar medidas para superar as barreiras, juntamente com a ameaça de serem superadas por “players” mais ágeis e inovadores. Contudo, o progresso nestas áreas ainda é reduzido. 63% das empresas portuguesas usam tecnologias digitais para acelerar o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, 50% promove segurança e privacidade em todos os dispositivos, aplicações e algoritmos, 35% esforça-se para desenvolver internamente conjuntos de competências e conhecimentos adequados, tais como ensinar os funcionários a programar, 44% promove a partilha de conhecimento entre funções, equipando os líderes de TI com competências de negócio e os líderes de negócio com conhecimentos de TI.

As empresas também estão a recorrer às tecnologias emergentes e à cibersegurança para potenciar (e proteger) a sua transformação. Nos próximos a três anos, 59% das empresas portuguesas pretendem investir em cibersegurança, 45% pretende investir em multi-cloud, 45% em tecnologia IoT, 32% em inteligência artificial e 31% das empresas portuguesas pretendem investir em Flash.

Um número mais reduzido de empresas, mas já significativo, planeia experimentar tecnologias emergentes. 13% das empresas investem atualmente em blockchain, 11% em computação quântica e 25% em realidade virtual  e aumentada. “Este é um momento emocionante para fazer florescer um negócio. Estamos num momento crucial, onde a tecnologia, os negócios e a humanidade se cruzam para criar um mundo melhor e mais interligado”, acrescenta Gonçalo Ferreira. “No entanto, apenas as organizações centradas na tecnologia recolherão as recompensas oferecidas por um modelo de negócios digital, incluindo a capacidade de agir rapidamente, automatizar tudo e corresponder às expectativas dos clientes. É por isso que a transformação digital precisa de ser tratada como a prioridade número um”.

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