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Alterações climáticas e guerra Rússia-Ucrânia atingem a indústria vitivinícola global

Foto Shutterstock

As alterações climáticas e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia estão a pressionar as vendas e a produção na indústria vitivinícola global, que ainda se encontra a recuperar da pandemia, indica a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

Pau Roca, diretor geral da OIV, organização que compreende 49 países produtores, disse que as empresas devem adaptar-se às secas, geadas e chuvas fortes decorrentes do aquecimento global, uma vez que se tornaram fenómenos regulares. “Continuamos a ver os efeitos das alterações climáticas“, disse à Reuters, sublinhando que, em 2022, a produção mundial de vinho vai diminuir ligeiramente, devido ao mau tempo na Europa, onde estão os produtores importantes como Itália, França e Espanha. “Temos um longo histórico que confirma que as alterações climáticas estão a ter um impacto enorme e constante no sector vitivinícola“.

A previsão de produção da OIV para 2022 é de 257,5 milhões a 262,3 milhões de hectolitros, o que dá um valor médio de 259,9 milhões de hectolitros, menos 1% face a 2021 e abaixo da média dos últimos 20 anos.

 

Rutura dos mercados

Segundo Pau Roca, a indústria vitivinícola está a sofrer com a crise energética desencadeada pelo conflito e com uma inflação mais elevada, que está a a abalar os gastos dos consumidores.

Há uma rutura total nos mercados“, avançou, dando como exemplo Espanha que, no ano passado, exportou 24,2 milhões de euros de vinho para a Rússia e 16,2 milhões de euros para a Ucrânia, valor que, este ano, cai para quase zero.

Em contrapartida, as importações de vinho europeu para os Estados Unidos recuperaram desde que, em meados de 2021, foram levantadas as tarifas que o anterior presidente, Donald Trump, impôs, em 2019.

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