Preocupações
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Guerra, economia e crise climática são as principais preocupações e moldam o consumo

Novas descobertas do estudo “Global Issues Barometer” da Kantar mostram que a guerra na Ucrânia continua a ser a maior preocupação no mundo, mas as crises financeiras e climáticas mais próximas de casa estão a crescer.

A terceira vaga do estudo debruçou-se sobre mais de 11 mil atitudes de pessoas em 19 países (que representam 68% do PIB mundial), entre 1 e 4 de setembro, para analisar como as preocupações mudaram desde a vaga anterior, em maio.

As novas descobertas mostram que a guerra na Ucrânia, que entrou no seu sétimo mês na altura do trabalho de campo para esta terceira vaga do estudo, continua a ser a principal preocupação para as pessoas em todo o mundo, mas o nível de preocupação diminuiu 13% desde maio, com as questões mais próximas de casa a aumentarem em importância. Instados a partilhar espontaneamente as suas preocupações, 51% das pessoas, globalmente, mencionou a guerra, 47% a economia e 38% as questões climáticas.

 

Principais preocupações (top 3 menções)

 

Fonte: Kantar Global Issues Barometer

 

Preocupações com a guerra

A preocupação com a guerra é especialmente elevada na Europa: Polónia (90%), Alemanha (73%), Espanha (69%), França (69%) e Reino Unido (55%).Em particular, metade dos europeus receia que a guerra possa atrair outros países (51%) ou levar a um conflito nuclear (48%).

Enquanto 60% das pessoas se preocupa com os aumentos de preços criados pela guerra, 53% também se preocupa com a crise humanitária. 59% dos africanos receia que a guerra esteja a criar escassez de alimentos no continente.

 

Custo de vida e impacto da inflação

As preocupações com a economia aumentaram significativamente desde a segunda vaga do estudo, em maio, de 39% para 47%. As maiores preocupações estão em torno do tema imediato da inflação, com sete em cada 10 pessoas a classificarem-na como a sua principal preocupação.

As pessoas notaram que alterações de preços nas suas despesas essenciais. Polónia, Espanha, Alemanha, Nigéria e Quénia consideram que as faturas dos alimentos sofreram o maior aumento. A subida dos preços dos combustíveis está a ser sentida globalmente.

Em setembro, as pessoas continuam a ser prudentes, mas menos em choque do que em maio. A maioria pode pagar as despesas diárias e dar-se a pequenos caprichos, mas muitas permanecem cuidadosas quanto a desperdiçar dinheiro. No entanto, este aspeto varia, com os países em desenvolvimento a mostrarem mais apetite pelo risco, enquanto os países mais ricos parecem mais focados na poupança.

Apesar de 79% se sentir seguro no seu emprego, a maioria espera que a inflação aumente e está preocupada com o custo de vida. Três quartos (73%) da população global não esperam que os seus rendimentos acompanhem a inflação, pelo que tentam gerir os aumentos de preços através da redução das despesas gerais, da alteração de comportamentos, da redução do montante e, até, das categorias de que compram e desvalorizam marcas, produtos ou lojas. 15% reduziu o montante que poupa e 14% já recorreu às poupanças.

 

Nível de preocupação

Fonte: Kantar Global Issues Barometer

 

Desafios climáticos

Mais de um terço das pessoas (38%) identifica as alterações climáticas como uma das três principais questões a nível mundial, sendo a segunda questão mais importante para ver resolvida. 78% quer comprar produtos ambientalmente sustentáveis, mas preocupa-se que não possa dar-se ao luxo de o fazer.

Apesar disso, 68% considera que não se deve permitir que a situação atual agrave à crise climática.

A redução dos combustíveis fósseis e do consumo e a prevenção do desperdício são vistas como soluções-chave onde as pessoas precisam da ajuda dos governos e das empresas para escalar as suas ações e fazer melhores escolhas. Mesmo sobre o tema crítico e alarmante da escassez de energia, 67% diz que se devia avançar mais depressa nas energias renováveis versus apenas 9% que considera que devem cessar as preocupações com os combustíveis fósseis e chegar a acordo com quem pode vender.

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