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“A inovação não tem que representar custos adicionais”

A Epson fez uma digressão por alguns dos melhores estádios de futebol ibéricos com o mote #Going4Goals. Um roadshow que colocou em campo a aposta da marca na inovação, apresentando as suas últimas novidades em tecnologias de impressão, projeção, microssensores e robótica. De passagem por Portugal, a empresa rumou ao Estádio da Luz onde António Estevão, Head of Business Sales Iberia da Epson Ibéria, falou com a Grande Consumo sobre o sólido compromisso da empresa com a sustentabilidade e as soluções tecnológicas que continuam a atrair uma geração cada vez mais “paperless”.

Grande Consumo – Como correu o ano de 2016 para a Epson em Portugal?
António Estevão –
O ano de 2016, em Portugal,correu muito bem. Está em linha com as nossas projeções. Vamos continuar a crescer, pois Portugal tem bastante potencial. Não do ponto de vista macroeconómico, mas do ponto de vista contextual, sente-se que o nível de confiança dos consumidores e da indústria está a crescer e isso tem um impacto positivo quer no nosso negócio, quer nas nossas expectativas de negócio futuras.

GC – Quais os grandes objetivos para 2016 e como preveem que o negócio evolua ?
AE –
Esperamos continuar com a linha de crescimento, em termos ibéricos, que temos tido nos últimos dois anos, onde estamos a crescer à volta dos 10%. Para já, feitas as contas a meio do ano, estamos em linha com os objetivos.

GC – A Epson é hoje uma empresa mais focada no mercado empresarial, em detrimento do consumidor final? Atualmente, que área da empresa mais contribui para o volume de negócios?
AE –
Não retiramos nenhum foco à nossa área de consumo. Um dos aspetos mais interessantes de trabalhar numa empresa como a Epson é trabalhar numa empresa que tem uma capacidade de inovação invulgar e que é capaz de desenvolver novos produtos ou tecnologias disruptivas, como as EcoTank. Portanto, não existe perda de foco do que é o consumidor e o mercado do consumo. O que estamos a fazer, nos últimos dois anos, é um investimento adicional para sermos um “player” relevante e para crescermos dentro do mercado profissional. Nos próximos três anos, esperamos ver um grande crescimento na área da impressão profissional e, em particular, pela utilização da tinta.

GC – Quais considera serem as novas necessidades das companhias?
AE –
As empresas portuguesas, neste momento, necessitam de tecnologias inovadoras, fiáveis e competitivas que permitam estar na linha da frente da tecnologia, sem grandes acréscimos de custos. A capacidade de inovação é uma mais-valia para as companhias. É uma aposta de valor da Epson, seja através dos seus produtos, projetores, impressoras, ink blotters, mas também através das soluções e de serviços que coloca à disposição dos seus clientes, cada um no seu canal. Temos uma oferta muito interessante nesse aspeto. Mas, creio, que a inovação não tem que representar custos adicionais.

GC – A sustentabilidade também é importante para as empresas portuguesas?
AE –
A sustentabilidade começa a ser muito importante para as empresas portuguesas. Já temos alguns contactos, não só ao nível do sector privado, mas também ao nível do sector público, onde estão bastante interessados na adoção destas novas tecnologias mais “verdes” com uma menor pegada ecológica. O sector público está na vanguarda da adoção deste tipo de soluções e tecnologias, com o objetivo de se tornarem mais sustentáveis como organizações. As empresas acabam por poupar bastante.

GC – Que exigências traz consigo a geração da Internet para o local de trabalho? E como pretende a Epson responder às mesmas?
AE –
A geração da Internet traz-nos o desafio da conectividade constante, da disponibilidade dos serviços onde quer que esteja. Nesse aspeto, a Epson responde com os seus produtos profissionais, tudo o que seja NFC, tudo o que seja disponibilizar rapidamente o acesso à informação que precisa, como os projetores interativos. Há um negócio muito grande à volta do que são as reuniões interativas e “multi site”. Hoje, essa é uma necessidade muito grande das organizações. O que também vem muito desta cultura do estar sempre contactável e que faz parte do desafio que nos traz a própria Internet.

GC – Há muito que se fala que o negócio da impressão está em queda com a crescente profusão de dispositivos móveis. Como vê o negócio da impressão a médio/longo prazo?
AE –
Estamos seguros da nossa estratégia para os próximos três anos. O nosso crescimento vai vir de todas as linhas de negócio, mas a maior parte terá origem na área da impressão empresarial. O que se passa, neste momento, é muito curioso. O movimento do escritório sem papéis continua, mas todos os dispositivos móveis têm uma máquina fotográfica associada. O que acontece é que, de facto, existe o movimento de otimização do que se imprime dentro das organizações, mas a quantidade de coisas imprimíveis está a ter um crescimento exponencial. A indústria acaba por não sentir o decréscimo da impressão.

GC – As empresas portuguesas já compreenderam que a implementação das novas tecnologias poderá ser a única forma de se manterem competitivas e atrativas?
AE –
Definitivamente. Nestes eventos, temos sempre muito feedback, pois estão presentes revendedores e distribuidores, mas também clientes finais e potenciais que vieram aqui tentar perceber qual o tipo de mensagem e que soluções tem a Epson para oferecer. O feedback e as perguntas que vamos recebendo notam uma grande sensibilidade para as nossas soluções. Nesta área, há o sector público, que está a liderar, mas também em muitas empresas privadas há uma consciencialização para a sustentabilidade e eficiência de custos.

GC – A nova geração tecnológica vai dominar o mundo do trabalho e dos negócios de amanhã. Como é que, enquanto empresa, podem responder às suas necessidades?
AE –
A mobilidade vai dominar o mundo do trabalho. Hoje, já uma realidade trabalhar a partir de casa e estar-se sempre contactável. E, aí, penso que estamos bastante confortáveis com as soluções que apresentamos, seja com as nossas soluções de interatividade e de reuniões interativas, seja o facto de podermos disponibilizar aos nossos clientes e às empresas soluções de impressão distribuída, que podem estar bastante capilares e que permitem também às pessoas terem soluções de impressão na sua casa.

Esta entrevista foi publicada na edição 42 da Grande Consumo.

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