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Preços mundiais dos alimentos voltam a cair em outubro, segundo a FAO

Foto Shutterstock

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O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) voltou a registar uma descida em outubro, fixando-se nos 126,4 pontos, menos 1,6% face a setembro.

Trata-se do segundo recuo mensal consecutivo e coloca o indicador 21,1% abaixo do pico histórico de março de 2022.

 

Quedas nos cereais, nos lacticínios, na carne e no açúcar

A queda refletiu uma descida generalizada na maioria das categorias analisadas pela FAO. Os cereais recuaram para 103,6 pontos, um valor 1,3% inferior ao do mês anterior e praticamente 10% abaixo do registo de há um ano. Dentro deste grupo, o arroz foi um dos produtos que mais contribuiu para a tendência negativa, devido ao aumento da concorrência nos mercados internacionais e ao início das colheitas no hemisfério norte.

Também os lacticínios prolongaram a trajetória descendente, atingindo 142,2 pontos, o que corresponde ao quarto mês consecutivo de quebra. Todos os subíndices recuaram: desde a manteiga ao leite em pó, passando pelo queijo, evidenciando uma procura mais fraca e ajustamentos de mercado.

A carne registou igualmente uma queda, passando para 125 pontos, ainda que continue 4,8% acima do valor observado no mesmo período do ano passado. De acordo com a FAO, a descida deveu-se sobretudo às reduções verificadas na carne de suíno, de aves e de ovino, parcialmente compensadas pela valorização da carne de bovino.

O açúcar voltou a cair de forma expressiva, situando-se nos 94,1 pontos, o nível mais baixo desde dezembro de 2020. A FAO atribui esta evolução às expectativas de uma oferta global abundante, que tem pressionado os preços para baixo e reduzido o impacto de eventuais perturbações regionais.

 

Óleos vegetais são a única categoria em alta

Em contraciclo com todas as restantes categorias, o índice dos óleos vegetais avançou para 169,4 pontos, mais 0,9% do que em setembro. Este é o valor mais elevado desde julho de 2022 e resulta de subidas nos preços internacionais dos óleos de palma, colza, soja e girassol.

A FAO sublinha que este aumento está associado tanto a expectativas de procura mais robusta como a fatores climáticos e logísticos que condicionam a oferta global.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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