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A esmagadora maioria dos portugueses – 94% – defende a introdução de programas de literacia financeira desde o ensino básico, segundo um estudo independente realizado pela Nickel, instituição financeira do grupo BNP Paribas, em parceria com a DATA E. A adesão é especialmente elevada nas regiões do Algarve (97%) e do Norte (94%), demonstrando uma perceção generalizada da importância de aprender a gerir dinheiro desde cedo.
De acordo com o estudo, metade dos inquiridos considera ter um nível intermédio de conhecimento em finanças pessoais. Já entre os jovens dos 18 aos 24 anos, apenas 13% afirmam ter um nível avançado, enquanto 30% dos adultos entre os 55 e 64 anos dizem possuir apenas conhecimentos básicos.
Apesar das diferenças geracionais, a preocupação com o planeamento financeiro e a poupança é transversal. As principais motivações para poupar são as emergências e imprevistos (53%), seguidas da reforma (33%) e das viagens (32%).
No entanto, 57% dos portugueses assumem ter dificuldades em poupar regularmente, apontando salários baixos, despesas inesperadas e custos com habitação como os principais entraves. Entre os instrumentos financeiros mais utilizados, destacam-se os depósitos a prazo (47%), os certificados de aforro (29%) e os Planos de Poupança Reforma (26%).
“Os dados revelam uma população cada vez mais consciente da importância da literacia financeira e da gestão responsável do seu orçamento. Reforçar a educação financeira, desde cedo, é essencial para transformar esse conhecimento em hábitos de poupança e investimento sustentáveis”, sublinha João Guerra, CEO da Nickel Portugal.
O estudo foi conduzido entre 1 e 4 de abril de 2025, abrangendo 1015 indivíduos residentes em Portugal continental e nas regiões autónomas, com idades entre 18 e 64 anos. A amostra foi distribuída geograficamente segundo as NUTS II.
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