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A consultora OnStrategy apresentou os resultados referentes às Marcas Portuguesas Mais Valiosas em 2025. Um ranking calculado de acordo com a metodologia de Royalty Relief e desenvolvido em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira).
Estas são as 25 marcas portuguesas mais valiosas em 2025:

Os principais destaques apontam que a EDP continua a ser a marca mais valiosa. No top 3 das marcas mais valiosas, junta-se à Galp e à Jerónimo Martins. CGD e Millenium BCP ascendem ao top 5.
As 25 marcas portuguesas mais valiosas valorizaram-se em conjunto 10,7%. Com crescimentos relevantes, acima de 20%, registam-se o Novobanco (90,4%), a Fidelidade (56,4%), o Millennium BCP (35,4%), o Grupo Mota Engil (31,3%), a CDG (30%), os CTT (25,7%), a CUF Saúde (23,4%) e a Jerónimo Martins (21,1%).
Sectores
Em termos sectoriais, apesar da marca EDP manter a liderança nacional, o sector energético registou quedas nas principais marcas: Galp Energia (-7%) e EDP Renováveis (-5,1%)). Este desempenho reflete a instabilidade nos preços da energia e a pressão sobre as margens operacionais num contexto de transição energética. A descarbonização e os investimentos em energias renováveis continuam a moldar o sector, embora ainda em fase de consolidação. As recentes medidas tomadas pela Administração Trump também pressionaram o sector, nomeadamente nas energias renováveis.
Por sua vez, o sector bancário português apresenta um dos melhores desempenhos em 2025, com destaque para as marcas Novobanco (90,4%) e Millenium BCP (+5,4%), impulsionadas pela melhoria da rendibilidade, redução do malparado e recuperação de confiança dos clientes.
Nos seguros, a marca Fidelidade cresceu 56,4%, impulsionada pela inovação em produtos digitais, expansão internacional e reforço da relação com o cliente. A confiança institucional e a digitalização dos canais de subscrição estão a consolidar a presença da marca.
Na distribuição e retalho, a maioria das marcas do sector registou crescimentos sólidos, com as marcas Jerónimo Martins (21,1%) e Continente (12,3%) a liderarem. O desempenho foi alavancado pelo aumento do consumo privado e adaptação eficaz ao canal digital. A inovação logística e a fidelização através de plataformas omnicanal impulsionaram o reconhecimento das marcas.
Crescimento modesto, mas positivo tiveram a marcas MEO (5,2%) e NOS (2,6%), com o sector das telecomunicações beneficiar dos investimentos em 5G e na digitalização de serviços, enfrentando contudo forte concorrência e pressão sobre preços. A consolidação de serviços e o foco na experiência do cliente continuarão a ser diferenciadores-chave.
Nos transportes, há uma evidência de recuperação notável, com a marca TAP a crescer 32,1% e a marca CTT a crescer +5,7%. A retoma da mobilidade e do turismo, bem como a aposta em e-commerce, foram motores essenciais.
Com um crescimento de 31,26% da marca Grupo Mota Engil, o sector da engenharia e construção beneficia de uma forte carteira de projetos, particularmente em mercados externos e obras públicas.
Nas bebidas, Super Bock, Sagres e Delta registam crescimentos modestos (3% <7%), refletindo uma estabilização após o impacto da pandemia, mas com desafios no canal Horeca e aumento dos custos de produção.
Com crescimentos sólidos das várias marcas, e em particular da marca CUF (23,4%), o sector da saúde continua a expandir infraestruturas e a reforçar a notoriedade das suas marcas. A procura crescente por serviços de saúde privada e a aposta em tecnologia clínica suportam a valorização.
Finalmente, na indústria (papel e floresta), destaca-se o crescimento marginal da marca The Navigator Company (1,3%), num sector pressionado por custos logísticos e instabilidade internacional. A transição para produtos sustentáveis e com menor pegada ambiental poderá reposicionar o sector nos próximos anos.




