Na primeira edição da Digital Agrifood Summit Portugal, que arranca esta quarta-feira, dia 20 de janeiro, e decorre até dia 23, os sabores e marcas “made in” Portugal reúnem-se numa plataforma online para se darem a conhecer ao mundo e fazerem negócio.
Além das empresas nacionais, também já confirmaram presença compradores internacionais (retalhistas, grossistas, canal Horeca, importadores e distribuidores) provenientes de mercados maduros e/ou prioritários, como Estados Unidos e Canadá, México, Coreia do Sul, Reino Unido, França, Espanha e Dinamarca.
Oferta
Frutas e legumes, vinhos e outras bebidas, produtos confecionados e snacks, produtos orgânicos e naturais, padaria e pastelaria, azeites e peixe e conservas de peixe, entre outros, fazem parte do cabaz alimentar com sabor português que estará em exposição na Digital Agrifood Summit Portugal, promovida pelo consórcio Portuguese Agrofood Cluster, o qual participam a PortugalFoods, o Inovcluster, o Agrocluster e a Portugal Fresh, em parceria com a ViniPortugal.
Está confirmada a participação de 74 empresas agroalimentares portuguesas, das mais diversas fileiras, cujos stands online poderão ser visitados pelos compradores internacionais. “A dura realidade veio, nos últimos dias, provar que, de facto, este modelo digital de feira faz todo o sentido. Portugal voltou a confinar, tal como muitos outros países do mundo, restringindo a já diminuta mobilidade que existia e praticamente reduzindo a zero a capacidade de participação em feiras internacionais. Nesse sentido, a realização desta cimeira internacional, precisamente nesta altura, não podia ser mais certeira, mostrando que o sector agroalimentar nacional tem a agilidade necessária para se ajustar mesmo às condições mais difíceis e desafiantes”, afirma Amândio Santos, presidente da PortugalFoods e responsável pelo consórcio Portuguese Agrofood Cluster.
Exportações
Num momento particularmente difícil da economia nacional, que volta a confinar para travar o rápido contágio da Covid-19, à semelhança de outros importantes mercados de destino das exportações nacionais, a realização daquela que será a primeira feira virtual do agroalimentar nacional permite manter o fulgor exportador, que mesmo em ano de pandemia provou o seu vigor, com as exportações a manterem os números de 2019 e a reforçarem a dinâmica que tem caracterizado o sector, como pilar da economia nacional, atingindo 5.700 milhões de euros. “O facto de observarmos uma mobilização tão grande das empresas nacionais, de tão diversas fileiras, assim como o elevado interesse dos compradores internacionais em torno deste evento, demonstra que o sector está altamente motivado e que, em 2021, ano que será ainda marcado pela pandemia, os empresários não pretendem baixar os braços. Pelo contrário, será um ano crucial para provar, aos mercados internacionais, que o agroalimentar português não só tem a qualidade que já todos lhe reconhecem, como também a capacidade de inovar e de encontrar novos canais de distribuição e de promoção comercial. As feiras presenciais voltarão a acontecer, mas numa era de acelerada digitalização, acreditamos que o futuro mostrará que a promoção externa optará por um modelo híbrido, entre o presencial e o digital”, acrescenta.
Contando com o apoio da Secretaria de Estado da Internacionalização e do Ministério da Agricultura, da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, a organização da feira tem a decorrer, através dos canais diplomáticos e do trabalho de uma empresa de consultoria internacional, a angariação de compradores e o agendamento de reuniões de negócios com as empresas nacionais participantes no certame.
Programa
Os expositores vão receber os compradores internacionais nos seus stands virtuais e, através de uma plataforma interativa digital, podem apresentar os seus produtos através de diversos recursos audiovisuais. A plataforma ficará disponível um mês após o início da feira, por forma a permitir o follow-up de oportunidades de negócio e o agendamento de novas reuniões.
O programa da feira inclui uma sessão de abertura (dia 20, pelas 10 horas), com a presença da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e do presidente da AICEP, Luís Castro Henriques. Ao longo dos dias, entre os vários workshops destinados aos participantes e visitantes, contam-se sessões de esclarecimento sobre o impacto da Covid-19 nos mais importantes mercados de destino das exportações agroalimentares portuguesas, assim como sobre processos de internacionalização. Haverá ainda um ciclo de conferências dedicadas ao vinho português.