Independência Financeira Mulher
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62% das mulheres que não têm independência financeira não acredita que seja possível inverter a sua situação no futuro

62% das mulheres portuguesas que não têm independência financeira duvida que seja possível inverter a sua situação no futuro, de acordo com o mais recente estudo da Mastercard, “Mulheres e Finanças”. A taxa de mulheres que não acredita ver a sua situação melhorada no futuro situa-se, contudo, abaixo da média europeia (65%) e de países como a Espanha (66%), Alemanha (82%), França (76,5%) e Itália (75%).

O estudo, realizado em 12 mercados europeus com o objetivo de analisar a relação das mulheres de diferentes gerações com o dinheiro, bem como sua evolução financeira, revela ainda que dessas, 37% entre os 25 e os 39 anos não acredita vir a alcançar essa independência no futuro, uma percentagem que sobe para 65% na faixa etária entre os 40 e 59 anos.

Ser independente financeiramente é, apesar disso, um dos principais objetivos para oito em cada 10 portuguesas inquiridas (84%), acima da média europeia (70%) e de países como a Espanha (74%) ou Roménia (76%).

 

Principais motivos

As inquiridas que consideraram não ter essa independência financeira (22%) salientaram como principais motivos não ganharem dinheiro suficiente (41%) ou ganharem muito pouco (38%). Apesar disso, 78% das mulheres portuguesas sente-se financeiramente independente. As principais razões apontadas são o facto de terem os seus próprios rendimentos (87%), disporem de poupanças para fazer face a qualquer problema financeiro (25%) ou utilizarem ferramentas financeiras (10%)

O estudo destaca também que a evolução em Portugal tem sido positiva ao longo dos anos, já que sete em cada 10 mulheres consideram ser mais independente financeiramente do que as mulheres da sua família de gerações anteriores, ligeiramente acima da média europeia (67%) e atrás apenas da Bulgária (74%), Roménia (74%) e Espanha (74%). Já 20% das mulheres considera ter o mesmo nível de independência que as suas antecessoras e apenas 10% diz ter menos.

 

Desigualdade de género continua a ser um obstáculo

O estudo mostra que ainda há um longo caminho a percorrer nos que respeita à igualdade de género, já que 62% das mulheres em Portugal considera ter menos independência financeira do que os homens, uma percentagem que se situa acima da média europeia (52%).

Quase metade das mulheres (49%) citou o trabalho extra não remunerado que fazem, como cuidar de crianças e idosos, como principal motivo para serem dependentes, além do facto dos homens ganharem salários mais elevados e, embora se sintam menos independentes do que os homens, a maioria acredita que as contas devem ser divididas de forma equitativa com o parceiro (93%).

 

Economia doméstica revela progressos

Quando inquiridas acerca da distribuição das despesas no agregado familiar em que cresceram, 63% das mulheres da geração de 1950 (na faixa etária dos 60 aos 75 anos) diz que as despesas eram assumidas pelo pai, uma percentagem que vai diminuindo à medida que as diferentes gerações se vão sucedendo, o que acontece também nos restantes mercados analisados.

Assim, 42% das portuguesas da faixa etária mais jovem (25 aos 39 anos) refere que as despesas já eram divididas igualmente entre o pai e a mãe, enquanto isso só acontecia em 26% dos agregados das inquiridas com idades entre os 60 e 75 anos.

Quando questionadas sobre a pessoa responsável atualmente pelo pagamento das despesas domésticas, 46% das mulheres referiu partilhá-las com os respetivos parceiros e 29% firmou ser responsável pelo pagamento integral. As mulheres mais jovens com idades entre os 25 e 39 anos são as que mais dividem as contas de forma equitativa com os parceiros (46%).

Do mesmo modo, o total de portuguesas inquiridas que não vive em união de facto afirma que, se vivesse, gostaria de partilhar as despesas com o seu companheiro de forma equitativa (93%) e apenas 5% prefere que o seu parceiro assuma a maior parte dos custos, um valor que na média europeia cresce para os 13%.

 

Poupança e hábitos de consumo

O estudo incluiu a análise do que o dinheiro significa para as mulheres portuguesas e de como o gastam. Para 63% das mulheres, o dinheiro significa maior liberdade, sobretudo por não terem de depender financeiramente de ninguém, mas também por proporcionar a concretização de objetivos (32%) e um menor stress perante dívidas ou investimentos (27%).

A pandemia teve impacto nas preferências de consumo, com mais de metade (59%) a afirmar preferir gastar o seu dinheiro em experiências ao invés de produtos, sobretudo as mulheres na faixa etária dos 25 aos 39 anos (68%). Apesar disso, a maior parte do rendimento (83%) é gasto com despesas com habitação, alimentação e combustível. O restante dinheiro é gasto em experiências como jantar fora ou viajar (6%), seguido da aquisição de vestuário (3%).

Olhando para investimentos futuros, mais de uma em três mulheres portuguesas manifestou interesse em ser proprietária de uma casa (39%), valor que sobe para 49% no caso das mulheres entre os 25 e 39 anos. Já a faixa etária dos 60 aos 75 anos manifestou vontade de investir em algo que contribua para o bem-estar da família (37%).

Duas em cada três mulheres (65%) refere ter poupanças ou investimentos, embora mais de metade (58%) admita usá-las para pagar despesas correntes, sugerindo que o seu rendimento não é suficientemente alto para sustentar o seu custo de vida. O grupo que mais poupa é o dos 25 aos 39 (63%), seguido das mulheres entre os 60 e os 75 anos (57%) e das que têm entre os 40 e os 59 anos (56%). Cerca de 35% das mulheres confessa não conseguir poupar e 7% não tem qualquer rendimento mensal.

 

Conhecimentos financeiros insuficientes

Apesar dos progressos verificados ao nível da independência económica, mais de metade das mulheres entrevistadas em Portugal (55%) considera que os seus conhecimentos financeiros são muito básicos ou nulos. Concretamente, 38% afirma ter conhecimentos básicos e 7% nenhum conhecimento, apenas atrás das francesas, italianas ou espanholas.

Os dados mostram também que mais de metade das mulheres entrevistadas têm dificuldade em entender vários conceitos económicos como investimentos (59%), tecnologia e aplicações de banca (34%), impostos (27%) e hipotecas (18%).

 

Ferramentas tecnológicas

Oito em cada 10 portuguesas consideram que tecnologia desempenha um papel importante ou essencial na gestão das suas finanças, um valor superior ao de países como a Espanha (68%), Áustria (65%) ou Alemanha (63%).

Quando inquiridas sobre as ferramentas mais úteis para gerir as suas finanças, sete em cada 10 mulheres portuguesas afirmam utilizar o online banking, sendo as mulheres mais jovens (idades entre os 25 a 59) as que mais utilizam. Entre os principais motivos estão a comodidade (77%), facilidade de acesso (52%), simplicidade e rapidez (35%).

Apesar disso, a percentagem que utiliza serviços financeiros online (76%) fica abaixo quando comparada com a média europeia (83%), espanhola (86%) ou romena (85%). Também se verificam ligeiras diferenças na utilização destes serviços em termos de faixas etárias: 78% das mulheres entre os 25 e os 39 anos utiliza os serviços bancários online, um valor que cai para 72% na faixa etária entre os 60 e 75 anos. Das mulheres que usam o online banking, quase metade (42%) afirma que o faz desde os 5 a 10 anos.

 

Recursos digitais

Entre os recursos digitais que as mulheres consideram que mais as ajudariam a gerir as suas finanças são apontadas as aplicações dos bancos (38%), além das apps de gestão de poupanças ou controlo dos gastos (37%).

Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard em Portugal, salienta que este estudo revela como as mulheres em toda a Europa se sentem na gestão das suas finanças e os desafios que enfrentam ao fazê-lo. “Embora existam diferenças entre os países, fica claro que a maioria das mulheres deseja uma maior liberdade financeira. Mesmo estando numa melhor situação que as mulheres de gerações anteriores, ainda há progressos a serem feitos e barreiras que têm de ser superadas para que isso seja possível. Na Mastercard, trabalhamos permanentemente em formas de melhorar os nossos serviços para ajudarmos a superar os principais desafios, através dos nossos programas de promoção da igualdade, inclusão e diversidade, mas também dos recursos, ferramentas e aplicações para uma maior inclusão e uma maior independência financeira”.

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