O Observador Cetelem voltou a inquirir os portugueses sobre a sua opinião em relação à situação atual do país e sobre a sua situação pessoal. Depois do período de confinamento, e à semelhança do que já se tinha verificado em junho (4,9), os portugueses avaliam melhor a situação geral do país, atribuindo 5,6 pontos em 10.
São, no entanto, muitos os portugueses que manifestam uma opinião negativa quanto à situação atual do país (48%), ainda assim menos seis pontos percentuais que em junho deste ano. Os jovens entre os 18 e os 34 anos são os que apresentam uma opinião mais positiva.
Também a perspetiva sobre a situação pessoal parece ter melhorado. Os inquiridos avaliam com 5,9pontos em 10 (5,6 em junho), com 40% a avaliar a sua situação como negativa (menos quatro pontos percentuais em relação a junho). Mais uma vez, são os inquiridos entre os 18 e os 34 anos que fazem uma melhor avaliação da sua situação.
Regra geral, os jovens portugueses, entre os 18 e os 34 anos de idade, parecem ter uma perceção única da realidade. No que respeita a situação do país, os que se encontram nesta faixa etária são os mais positivos (65%), sendo também estes que classificam melhor a sua situação pessoal (76%).
Expectativas para o futuro próximo
Quando questionados sobre as perspetivas para os últimos três meses do ano, a maioria dos portugueses (52%) está menos otimista sobre a evolução da situação do país, com uma média de 5,5 pontos em 10. No que respeita à sua situação pessoal, consideram que a sua situação se irá manter igual(5,9), com 40% dos portugueses a manifestarem uma expectativa negativa (menos quatro pontos percentuais face a junho).
Também neste caso, os inquiridos mais jovens são mais otimistas relativamente ao futuro próximo. A maioria (66% e 74%, respetivamente) está otimista com a evolução da situação do país e pessoal.
Gestão do orçamento
Atualmente, 29% dos portugueses afirmam já ter sentido dificuldades no pagamento de despesas fixas. Para fazer face a estas dificuldades, ou apenas com objetivos de poupança, a renegociação de serviços contratados parece uma opção viável para 39% dos inquiridos, sendo que 26% afirma já o ter feito (mais dois pontos percentuais que em junho) e 13% manifesta ter a intenção de rever, renegociar ou cancelar serviços que não utiliza ou utiliza pouco (ainda assim, menos quatro pontos percentuais face a junho).Contudo, a maioria (57%) irá continuar a usufruir desses produtos ou serviços, não pretendendo fazer qualquer alteração.
No que diz respeito às despesas extra, 29% dos inquiridos assumem que hoje não têm já capacidade para as suportar. Face a junho, mantém-se praticamente igual a percentagem dos que não têm capacidade (+1p.p.). 47% afirma conseguir suportar despesas extra em caso de necessidade.
