47% das empresas portuguesas não integra na sua política comercial critérios de solvência que permitam a revisão, aprovação e elaboração de recomendações quanto aos limites de exposição ao risco, de modo a controlar, de forma sistemática e transversal, a evolução da sua carteira de clientes.
Esta é a conclusão do mais recente “Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal”, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, que deteta diversas limitações na gestão da política de riscos comerciais das empresas. O estudo, que teve como base a consulta a mais de 300 gestores de empresas de todas as dimensões e sectores, revela que 64% das empresas também não possui qualquer manual interno que defina a política de riscos comerciais ,e em 15% dos casos, não existe um departamento responsável pela sua gestão.
Política de riscos comerciais
A direção geral tem uma forte influência na definição da política de riscos comerciais. De acordo com o estudo, o diretor geral ou gerente de 73% das empresas está diretamente envolvido na gestão do risco de crédito.
Face a este papel do diretor geral como último decisor, a existência de unidades de risco continua a registar valores mínimos: apenas 9,4% das empresas conta com áreas especializadas na gestão de risco de crédito comercial.
O peso da gestão técnica da política de riscos comerciais continua a recair, como uma tarefa mais, sobre os departamentos financeiros (52% das empresas), ocasionalmente em coordenação com as direções comerciais (24% das empresas), que fazem a gestão direta da carteira de clientes e a prospeção de vendas no mercado potencial. Em 15% das empresas, a gestão de risco de crédito dos clientes não está entregue a nenhum departamento.