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34% das novas aberturas em 2017 foram do sector da restauração

O aumento de área de restauração em centros comerciais, que hoje ocupa, em projetos novos ou remodelados, 20% do total, está a ser motivado pelo grande crescimento do consumo neste sector, segundo o “Global Food & Beverage Market ” da Cushman & Wakefield. 34% das novas aberturas em 2017 foram do sector da restauração.

A combinação da esperada subida das despesas em restaurantes nos próximos 10 anos e da vontade dos consumidores de transformarem as suas visitas aos centros comerciais em experiências sociais e de lazer abre uma oportunidade para o crescimento e diversificação da oferta de restauração e entretenimento nos conjuntos comerciais. Todas as regiões analisadas no estudo preveem um aumento nas despesas dos consumidores em restauração, com a Ásia Pacifico, Médio-Oriente e África a liderarem, com um crescimento médio anual estimado em 7,4% até 2026. Na Europa e continente americano, mercados mais maduros, o crescimento anual esperado é de 4,9 e 5,5%, respetivamente.

As zonas de restauração indiferenciadas em centros comerciais têm os dias contados. Se é certo que se espera que os operadores de grande escala continuem a dominar o sector em termos de área, a importância da diversidade e unicidade de conceitos é cada vez mais reconhecida, sendo premente a criação de espaços de inovadores. A Cushman & Wakefield acredita que existe um enorme potencial para os formatos de restauração mais criativos, que poderão passar por pequenos quiosques de comida e bebida especializados, revisitação de conceitos tradicionais como padarias ou vendas de frescos, lojas de produtos culinários e, até, escolas de cozinha. Atualmente, apenas um pequeno grupo dos operadores internacionais apostaram neste formato de restauração que conjuga o conceito tradicional com a experiência associada à gastronomia, mas o espaço para crescimento é enorme.

Segundo Marta Esteves Costa, associate e diretora de Research & Consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal, “para o consumidor moderno, a ligação entre a experiência de consumo e de restauração é hoje mais forte do que nunca, a gastronomia é cada vez mais valorizada e o grau de exigência da população é muito superior. A crescente convicção de que os centros comerciais têm que se posicionar cada vez mais como um destino de lazer, no qual o consumo se integra, torna evidente o papel preponderante que o sector da restauração pode vir a ter no processo de modernização e diferenciação pelo qual todos os centros comerciais que se queiram afirmar no futuro devem obrigatoriamente passar“.

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