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31% dos portugueses obrigado a ajustar gastos

Foto Shutterstock

O mais recente inquérito do Grupo Euroconsumers, organização europeia de defesa do consumidor que congrega organizações de vários países, incluindo a portuguesa Deco Proteste, revelou que os portugueses têm feito alterações substanciais nos seus hábitos de consumo, que impactam negativamente a sua qualidade de vida e bem-estar. Em dezembro, mais de metade dos inquiridos portugueses (60%) assumiu viver em condições financeiras mais frágeis, em comparação com o início do respetivo ano, face ao aumento da inflação.

Da mesma forma, 26% dos inquiridos assumiu que, no início do ano, chegava ao fim do mês sem dinheiro. Em dezembro, esta percentagem aumentou para 30%.

 

Ajustes nos gastos

O estudo revela ainda que, apesar de 1% dos inquiridos não ter alterado os seus comportamentos de consumo, 31% fez ajustes nos gastos em praticamente todas as dimensões analisadas, como a alimentação, atividades culturais, férias e viagens, energia, atividades de lazer e desportivas e saúde. “Dado o enorme impacto que os aumentos de preços estão a ter na vida dos consumidores e na economia em geral, é urgente que os decisores políticos e as autoridades analisem de perto as diferentes definições de preços, verifiquem se os custos mais elevados são de facto justificados e tomem medidas se necessário”, afirma Els Bruggeman, Head of Policy and Enforcement da Euroconsumers.

A DECO PROTESTE defende uma análise mais atenta aos preços por parte das autoridades, face ao forte impacto negativo que as consequentes alterações nos comportamentos dos consumidores trazem a curto prazo.

 

Impactos na alimentação

O inquérito que incidiu em indivíduos com idades entre os 25 e os 74 anos, mostrou que é nos sectores energético e alimentar que os portugueses mais alteraram os seus hábitos de consumo: 93% e 91% dos consumidores, respetivamente, mudaram, pelo menos, um comportamento nestas áreas.

Os inquiridos admitem que todas essas alterações, ainda que imprescindíveis na sua gestão financeira mensal, tiveram um impacto negativo no conforto da sua casa (41%) e na qualidade da sua alimentação (43%). “Este é um sinal claro de que o ano de 2023 vai ser um desafio para uma grande parte da população portuguesa, com a inflação e a subida de preços a terem um efeito colateral no bem-estar das pessoas. Todos têm uma responsabilidade e um papel a desempenhar para minimizar estes impactos e, na verdade, o que os consumidores sentem é que os esforços têm sido maioritariamente feitos por eles”.

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