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21% das empresas sofreu incumprimentos significativos em 2022

88% das empresas reporta uma deterioração dos níveis de solvência ou liquidez dos seus clientes

Foto Shutterstock

21% das empresas portuguesas sofreu incumprimentos significativos, durante o ano de 2022, de acordo com a vaga de outono do “Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal”, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform.

Isto traduz um agravamento de cinco pontos percentuais face aos níveis de incumprimento de há um ano. De facto, 88% das empresas deteta uma deterioração nos níveis de solvência ou liquidez dos seus clientes.

Causas

O desgaste atual dos níveis de solvência resulta da combinação de vários fenómenos. Como causa principal da deterioração do risco de crédito e da capacidade de pagamento da sua carteira comercial, as empresas assinalam o aumento da inflação (35%) e a evolução dos custos energéticos (26%), seguidos pelas tensões geopolíticas (10%), pelo crescimento dos custos financeiros (8%) e pelos problemas da cadeia de fornecimento (7%).

Os efeitos económicos derivados da gestão da Covid-19 ocupam já um lugar discreto (apenas são mencionados por 2% das empresas), como problema principal nas causas da deterioração da liquidez e da solvência dos clientes.

Futuro

Prevê-se que os efeitos da inflação sobre o risco de crédito se intensifiquem. 90% das empresas antecipa que a subida dos preços afete a sua capacidade para se financiar e 22% do tecido empresarial espera um elevado impacto.

Uma vez descontados os efeitos da inflação, as empresas preveem maioritariamente, para o fecho de 2022, um aumento da sua faturação (34% face aos 30% que prevê uma queda).

Contudo, o tecido produtivo antecipa maioritariamente uma queda nos lucros (44% face aos 25% que espera um incremento). Este contraste é indicador de até que ponto se estão a contrair as margens comerciais por não repercutirem os aumentos nos custos nos preços finais.

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