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2022 com mais exigência para as marcas

Foto Shutterstock

Da busca da felicidade ao imediatismo e à personalização nas compras, com base na análise da conversação social, a LLYC identificou as 10 tendências que vão marcar o consumidor, nos próximos meses.

No total, mais de 31 milhões de tweets de quase oito milhões de perfis e 50 empresas globais foram interpretados. A partir dessa informação, retira-se, por exemplo, que o impacto emocional que a Covid-19 deixou no consumidor se traduz numa descrença crescente do discurso do propósito, na procura de marcas que promovem a felicidade e o conforto e, ao mesmo tempo, numa crítica aos positivismos tóxicos.

Esta pegada deixada pela pandemia é também transferida para a relação tangível com as marcas, com um foco no incentivo à segurança (food barrier, nova era do packaging ou consumidores transumanistas). Por outro lado, a transformação dos canais e formatos, para além do omnipresente metaverso, significa que o timing em que se compra um produto tem

Nesta nova edição do nosso relatório anual de tendências de consumo, quisemos dar um passo mais longe na investigação, combinando a análise qualitativa de macro ‘trends’ com as nossas capacidades de ‘deep learning’ e a nossa metodologia ‘trend spotting’ de deteção de tendências, para retratar uma imagem ainda mais fiel das principais transformações do consumo nos próximos meses. Encontrámos, assim, tendências em aceleração, que refletem o impacto emocional da pandemia, tanto em termos da relação cada vez mais exigente com as marcas, como da tangibilidade dos seus produtos e serviços”, afirma David González Natal, sócio e responsável da área de Engagement na LLYC.

 

10 tendências

Made in felicidade é a primeira de 10 tendências identificadas. No rescaldo da pandemia, intensifica-se o desejo de celebrar momentos de “microfelicidade”, que reconfortem, nem que seja apenas temporariamente. Procura-se escapar da realidade incerta e stressante. Algumas empresas, cujos produtos e serviços estão relacionados com o prazer ou o bem-estar, partem em vantagem, mas isso não significa que outras tenham perdido tudo: trabalhar a criatividade e a personalização é fundamental para alcançar este objetivo.

Os últimos dois anos têm revolucionado a forma como as pessoas se relacionam. Depois da ansiedade e do medo que a pandemia deixou, vem agora o tsunami do positivismo extremo, ao qual não é obrigatório juntar-se. Trata-se de normalizar as impressões mais negativas e reconhecer que, dentro do mau, também pode haver algo construtivo.

Meme everything é a terceira das tendências identificadas pela LLYC.  Tal é a força e vocação universal dos memes que os estrategas de social media marketing transformaram esta ferramenta num caminho eficaz para estabelecerem uma relação com os seus públicos. Quando são bem utilizados, podem aumentar significativamente o seu “engagement”. Apesar do crescimento e da elevada conversação, as marcas devem medir bem o uso que fazem deles e analisar previamente se se relacionam com a sua identidade e os seus clientes.

A quarta tendência chama-se The food barrier. Hoje, está-se mais consciente da importância do bem-estar, da saúde mental e da estabilidade, da felicidade, do equilíbrio social e da consciência ambiental. Vive-se uma nova era onde o autocuidado e o compromisso dos consumidores para com o planeta vão condicionar e impulsionar a indústria alimentar para novos caminhos para além da satisfação e do puro prazer de comer.

“Quando” e não “onde” é a quinta tendência. Passou-se da facilidade e acessibilidade nas compras para o imediatismo. O “agora” e o “já” tornaram-se uma moeda em que muitas marcas encontraram um caminho de diferenciação, com um consumidor cada vez mais ansioso e exigente com o seu tempo. Hoje, prefere-se fazer compras rápidas em estabelecimentos físicos próximos ou através de retalhistas e lojas que garantem entregas no próprio dia.

A fidelização à marca, que antes se esperava, foi substituída pela necessidade de uma experiência de compra única. Novos códigos para marcas de sempre é a sexta tendência identificada, onde os mais jovens estão particularmente motivados pelo facto da experiência de compra ser a mais personalizada que podem ter. Os dados mostram que os consumidores querem cada vez mais ver-se refletidos na comunicação das marcas e isso também influencia as decisões de compra.

A sétima tendência refere-se aos consumidores transumanistas. As pessoas estão cada vez mais interessadas em entender como a tecnologia é o caminho para acabar com as limitações físicas. Os avanços nas últimas décadas e a aceleração da digitalização na pandemia fazem com que o mundo presencial seja cada vez mais reduzido. O virtual está a expandir-se, permitindo às pessoas assimilar a possibilidade de depender cada vez menos do corpo físico.

Boomers go digital traduz a oitava tendência. 80% dos consumidores adultos com acesso à Internet na Europa utilizou canais digitais nos últimos seis meses.  Os Baby Boomers sentem que as redes sociais têm tido um efeito positivo nas suas vidas, surpreendentemente a níveis próximos dos registados por grupos mais jovens. As marcas têm de ter em conta esta geração ao criar experiências de compras virtuais, plataformas e comunicações.

Propósito/céticos é a nona tendência e reflete a contradição entre o facto dos consumidores estarem tão céticos quando a maioria das marcas está a trabalhar com mais empenho do que nunca o seu propósito. A resposta, diz a LLYC, está no facto da empresa negligenciar o benefício a curto prazo que tem para o cliente. Mais do que palavras sobre responsabilidade ou grandes ambições, as pessoas simplesmente querem que o propósito se reflita na prática e que tenha impacto nas suas vidas ou no seu meio envolvente.

A última tendência refere-se a uma nova era do packaging. As etiquetas dos produtos fornecem informações relevantes e tornaram-se uma parte essencial da experiência e da decisão de compra. Agora, os consumidores adquirem os produtos não só pela sua utilidade, pelo seu preço ou pela sua qualidade, mas também pelo seu alinhamento com os seus valores. A sustentabilidade, o comércio local, a slow fashion ou a rastreabilidade são conceitos que ganham importância na hora de consumir.

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