Tal como a pandemia tem aproximado mais utilizadores das compras online, também tem direcionado para pagamentos digitais e aplicações de empréstimos online ou pagamentos a prestações. É por isso que o modelo Buy Now, Pay Later (BNPL) ganhou seguidores globais, nos últimos dois anos, com 17% dos utilizadores, em todo o mundo, a garantirem que pretendem utilizar este sistema nos próximos 12 meses.
Estes são dados do relatório “The Future of Financial Service Report”, recentemente publicado pela YouGov. O estudo, que teve em conta as respostas de 20 mil consumidores em 18 mercados diferentes, em dezembro do ano passado, analisa o atual panorama financeiro e identifica a adoção e confiança globais em serviços novos e emergentes.
Nesta linha, a pesquisa indica que 15% dos inquiridos afirma ter feito compras com o modelo BNPL, nos três que antecederam a participação no estudo. Indonésia (27%) e México (24%) são os países mais confiáveis no modelo Buy Now, Pay Later, seguidos pela Índia, Austrália e China.
Perfis
No que diz respeito aos perfis dos utilizadores, com base na idade, os mais adeptos desta opção de compras têm entre 25 e 34 anos (20%), seguidos de perto pelos consumidores com idades compreendidas entre os 34 e os 44 anos (18%). De acordo com o YouGov, os utilizadores mais jovens parecem abordar este modelo para expandir o seu poder de compra, enquanto os mais adultos confiam nele cada vez que a inflação influencia as suas decisões de compra. Os consumidores com idade igual ou superior a 55 anos têm os níveis mais baixos de compras BNPL (11%).
No que diz respeito às motivações por detrás do Buy Now, Pay Later, o YouGov analisou as atitudes dos utilizadores em relação às finanças pessoais. No caso da Índia, o país com maior intenção de compra com este modelo, 53% dos que confiam no BNPL confessa fazer compras por impulso, contra 45% da população em geral.
No Reino Unido, mais de metade dos inquiridos que utilizam este modelo nas suas compras online concorda que são impulsivos (53%), contra 32% da população em geral. São também menos propensos a considerarem-se financeiramente seguros (48%).
