A Too Good To Go, o OLX e a BlaBlaCar uniram-se, pela primeira vez, para analisar os dados dos seus mais de 7 milhões de utilizadores, com o objetivo de descobrir quais as cidades em Portugal mais empenhadas em contribuir para a economia circular.
As três empresas, que estão comprometidas com a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente em termos de alimentação, mobilidade e consumo, analisaram os seus números de utilização, ao longo de 2023 e de 2024, em todas as cidades de Portugal. Para o efeito, foi estabelecido um ranking em que se distinguem as cidades a fim de descobrir qual a cidade portuguesa mais consciente na redução do desperdício alimentar, bem como na reutilização de produtos, e na limitação das emissões de gases com efeito de estufa.
Neste estudo, foi tida em conta a variável de refeições salvas através da Too Good To Go, as viagens partilhadas na BlaBlaCar e os novos anúncios publicados no OLX, em relação à população de cada cidade, no período referente de setembro de 2023 a agosto de 2024. Como resultado desta análise, Lisboa posiciona-se como a cidade portuguesa com maior responsabilidade social e ambiental. Só nesta cidade, mais de 200 mil refeições foram salvas através da Too Good To Go; foram partilhadas 20 mil boleias na BlaBlaCar; e mais de 37 milhões de anúncios foram publicados no OLX.
As cidades do litoral destacam-se no ranking
Ao realizar-se uma análise das 159 cidades portuguesas, duas destas localidades encontram-se no topo do ranking das cidades com maior consumo responsável: Lisboa, com um total de 15.001.426 interações; e Porto, com 8.352.003, respetivamente. Seguem-se Setúbal, com 4.009.079; Aveiro, com 2.344.089; e Braga, com 2.331.472 interações, que ocupam o 3º, 4º e 5º lugar, respetivamente.
No top 10 das cidades portuguesas, destacam-se ainda cidades de várias regiões do país, como Coimbra, com 1.608.377; Faro, com 1.098.998; Leiria, com 282.663; Viana do Castelo, com 100.04; e Castelo Branco, com 69.146 interações.
Poupança e sustentabilidade
De acordo com o inquérito da BCSD (Business Council for Sustainable Development), publicado no ano passado, 12 das 20 principais questões que preocupam os portugueses estavam diretamente relacionadas com um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A economia colaborativa tem ganho adeptos nos últimos anos e, de facto, entre as principais motivações dos utilizadores quando optam pela utilização deste tipo de plataforma estão a capacidade de poupar dinheiro e a sustentabilidade. Cada vez mais, a prática generalizada dos portugueses em relação à economia circular reflete-se nos dados registados por estas empresas no último ano.
No que diz respeito à aplicação da Too Good To Go, esta oferece aos utilizadores a possibilidade de salvar Surprise Bags a preços reduzidos, com excedentes alimentares diários de milhares de restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos alimentares, a fim de evitar o desperdício alimentar, que com mais de 2 milhões de utilizadores e com 4 mil parceiros, permitiu poupar mais de 5 milhões de refeições e evitar assim a emissão de mais de 13.500 milhões de toneladas de CO2e, desde 2019.
Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go Portugal, sublinha: “os portugueses estão cada vez mais conscientes da importância de combater o desperdício alimentar e do impacto que tem no ambiente, na economia e na sociedade. A sensibilização para este tema tem levado cada vez mais pessoas a adotarem práticas mais sustentáveis, o que reflete um compromisso coletivo cada vez maior para contribuir para um futuro mais sustentável. Segundo os últimos números sobre o desperdício alimentar, cada português desperdiça em casa uma média de 184kg de alimentos por ano, dentro e fora de casa, o que equivale a cerca de 336 euros em comida, por ano. A Too Good to Go destaca que isto supõe que cada pessoa desperdiça uma média de 2.38kg de comida durante uma semana, e 10.3kg por mês, apenas em casa. Outra consequência menos conhecida é o impacto ambiental destes resíduos. Neste sentido, 2.38kg de comida desperdiçada por uma pessoa, durante uma semana, equivale a 6kg de CO2. Cada pessoa também desperdiça desnecessariamente 1.928 litros de água. Todos estes resíduos têm um impacto económico significativo. Unir esforços contra o desperdício alimentar é essencial para promover um consumo responsável e para cuidar dos recursos do planeta para as próximas gerações”.
Produtos em segunda mão
No OLX, por sua vez, mais de 37 milhões de novos anúncios foram publicados pela sua comunidade de utilizadores, de setembro de 2023 a agosto de 2024. Como resultado, todas as categorias de produtos em segunda mão em Portugal geraram uma poupança potencial de mais de 3 milhões de toneladas de CO2e, em 2023.
Andreea Pușcoci, Brand Manager do OLX Portugal, afirma: “mais de 25 milhões de pessoas utilizaram o OLX no ano passado para encontrar artigos únicos a preços acessíveis, proporcionando assim aos utilizadores a oportunidade de ajudar a construir um mundo mais sustentável. Hoje em dia, os consumidores apresentam hábitos de consumo mais sustentáveis e uma maior consciencialização ambiental, tendência que observamos através da compra de mais de 9 milhões de artigos eletrónicos e veículos em segunda mão no portal do OLX. Isto resulta, a nível global, a uma poupança de cerca de 2,5 milhões de toneladas de materiais, além de 430 milhões de metros cúbicos de água, 82 milhões de gigajoules de energia e mais de 169 milhões de euros. É gratificante ver que as pessoas recorrem ao OLX não só para encontrar bons negócios, mas também para promover uma economia circular, seguindo o conceito de que um artigo que pode já não ter utilidade para um indivíduo pode ser o sonho de outro”.
Mobilidade
A plataforma de mobilidade partilhada BlaBlaCar, que conta com mais de meio milhão de utilizadores em Portugal, ligou 70% das cidades portuguesas no último ano. Além disso, a rede de autocarros e carpooling da empresa contribui para poupar 2 milhões de toneladas de CO2e em todo o mundo.
Florent Bannwarth, Diretor de Operações da BlaBlaCar Espanha e Portugal, acrescenta: “para além de preencher os lugares vazios, queremos otimizar as rotas. Tornamos isso possível ao combinar a capilaridade e flexibilidade do carpooling para chegar a qualquer canto da Península Ibérica com a oferta internacional de autocarros para cobrir as principais rotas com elevada procura entre Portugal, Espanha, França e o resto da Europa. Com a multimodalidade como objetivo, continuamos a caminhar para um ecossistema de mobilidade eficiente, económico e sustentável”.
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