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Vendas online de FMCG não ultrapassam os 0,9% em Portugal

Em Portugal, o canal online cresceu 3,4%, em termos de valor absoluto, no período de 12 meses terminado em março. A quota em valor manteve-se a mesma de 2016, situando-se nos 0,9% do total de Fast Moving Consumer Goods (FMCG).

De acordo com Blandine Meyer, Commercial Director da Kantar Worldpanel em Portugal, “em Portugal, a evolução da compra de FMCG online está muito dependente das ações realizadas pelos ‘players’ para atrair compradores para este canal”.

A nível global, as vendas de FMCG online cresceram 30% no período analisado, de acordo com o relatório “The Future of E-commerce in FMCG” da Kantar Worldpanel. O estudo demonstra que o canal online representa 4,6% das vendas de FMCG a nível global.

Enquanto este canal está a crescer, o mercado de FMCG, como um todo, está lento, aumentando apenas 1,3%, no mesmo período. O e-commerce contribui com um valor recorde de 36% para o crescimento global de FMCG e continuará a ultrapassar o crescimento do retalho offline. “As nossas projeções indicam que, em 2025, o FMCG online será um negócio de 170 biliões de dólares e terá 10% da quota de mercado”, afirma Stéphane Roger, Global Shopper and Retail Director da Kantar Worldpanel.

Em termos de crescimento em valor absoluto, os seis principais contribuidores são as economias mais fortes, como a China, os Estados Unidos da América, a Coreia do Sul, o Reino Unido, o Japão e a França. No ano passado, o valor cresceu 52% na China, 41% na Coreia do Sul, 31% nos Estados Unidos da América, 8% no Reino Unido, 7% em França e 5% no Japão.

Contudo o sector FMCG online também se está a expandir em novos mercados. Houve um crescimento significativo em valor, por exemplo, na Tailândia (104%) e Vietname (69%), onde o comércio online ainda está num estágio inicial.

A Europa continua a ser um continente dividido. Com 5,6% de quota de mercado em 2016, é o segundo maior mercado online do mundo, depois da Ásia. Enquanto o Reino Unido e a França permanecem na frente do canal online, com 7,5% e 5,6% de quota de mercado, respetivamente, a Alemanha (1,7%) e a Holanda (2,6%) estão bastante atrás. Além disto, há sinais que indicam que o canal online está a abrandar na Europa. Mercados maduros como a França e o Reino Unido – enquanto ainda evoluem – estão a fazê-lo a um ritmo mais lento.

Conhecidos pela preferência por formatos de grandes hipermercados, a penetração online do FMCG cresceu rapidamente nos Estados Unidos da América, nos últimos meses, atingindo 30% do total da população. Prevê-se que o valor gasto anual online em comida e bebidas alcoólicas possa atingir, este ano, os 20 biliões de dólares.

Houve um pequeno aumento no gasto online de FMCG na América Latina, nos últimos 12 meses. Mas a falta de confiança nos métodos de pagamento, juntamente com a enorme popularidade dos formatos de discount torna a América Latina numa das regiões mais difíceis para as marcas serem bem-sucedidas online. Em toda a região, o comércio online está muito atrás relativamente aos métodos tradicionais de fazer compras. A exceção é a Argentina, onde o comércio online é muito mais utilizado em comparação com o resto da região.

As projeções da Kantar Worldpanel mostram que, em 2025, a Coreia do Sul e a China continuarão a liderar neste aspeto e a Ásia em geral manter-se-á como a principal região no que diz respeito à adesão online. A grande impulsão global virá dos Estados Unidos da América, que terão um aumento de quota de mercado de 1,5% para 8%, em 2025. Isto pode ser atribuído ao desenvolvimento dos modelos de “click and collect”, entregas e subscrição e a aceleração de modelos disruptivos.

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