Zalando
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Vendas da Zalando em queda

O número de clientes ativos na Zalando aumentou 5,2%, no último trimestre, mas estas são as únicas boas notícias para a plataforma de moda. O volume de negócios estagnou nos 2,2 mil milhões de euros, representando apenas 1% mais em termos de volume bruto e 1,5% menos em termos  de vendas líquidas.

O retalhista de moda alemão também voltou ao vermelho, com um EBITA ajustado de 51,8 milhões de euros negativos e uma margem de lucro de 2,4% negativos.

 

Súbita queda na procura

No início do trimestre, a Zalando viu a procura cair subitamente, explica o coCEO, Robert Gentz. A empresa subiu, então, as despesas de marketing, mas mesmo isso se revelou inútil. Desde então, as promoções foram novamente reduzidas.

Os elevados preços da energia e a escassez de mão-de-obra levaram também a custos mais elevados. Cada encomenda custa agora à Zalando mais 10% do que há um ano. Robert Gentz quer, portanto, impor um volume mínimo de encomendas, que já está em vigor em nove países, mas que será agora alargado a outros mercados.

O coCEO confirma também que o sortido não foi adaptado ao regresso ao escritório. A Zalando tem muito excesso de stock de roupa casual e rapidamente teve de se abastecer de outros produtos.

 

Comércio eletrónico

No entanto, os números não devem constituir surpresa após o pico excecional experimentado pelo e-commerce durante a pandemia de Covid-19. Os confinamentos e as restrições asssociadas obrigaram os consumidores a recorrer ao comércio eletrónico, mas agora há novamente mais opções de escolha para as suas compras

O mercado está também extremamente volátil, sublinha Robert Gentz: a guerra na Ucrânia deixou as pessoas com outras preocupações e os problemas da cadeia de abastecimento estão a ser significativos.

No entanto, a empresa não espera qualquer impacto a longo prazo. A Zalando mantém as suas ambições de atingir mais de 30 mil milhões de euros em volume de vendas (GMV), até 2025, e está a expandir-se para a Hungria e Roménia, este ano. “Como plataforma, somos mais ágeis“, diz Robert Gentz, que ainda vê muito potencial para remover as ineficiências e acredita firmemente que o comércio eletrónico ainda não está maduro.

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