in

Vendas a retalho na Zona Euro penalizadas pela evolução na Alemanha

Foto Shutterstock

As vendas a retalho na Zona Euro registaram uma queda em setembro, uma vez que a Alemanha, a maior economia do bloco, teve um fraco desempenho e as vendas não alimentares também ficaram aquém, revelam os últimos dados do Eurostat.

Reflexo da procura dos consumidores, nos 19 países que partilham a moeda única, este indicador caiu 0,3% em setembro, mas aumentou 2,5% face ao ano anterior, informou o gabinete de estatísticas da União Europeia. No entanto, a evolução face a agosto poderá ainda ser revista em baixo, uma vez que a evolução das vendas a retalho nesse mês estima-se, agora, em 1%, em comparação com um aumento de 0,3% reportado anteriormente.

No conjunto da União Europeia, as vendas a retalho caíram 0,2% face a agosto, mas cresceram 3,2% face a setembro de 2020.

 

Consumidores cautelosos

Com o aumento dos preços da energia, o aumento das infeções por coronavírus e o estrangulamento da cadeia de abastecimento, espera-se que os consumidores se tornem ainda mais cautelosos nos próximos meses. Espera-se também que os elevados preços dos combustíveis reduzam o poder de compra das famílias, deixando as famílias com menos para gastar noutros bens.

Segundo o Eurostat, na Zona Euro, as vendas de combustíveis para automóveis aumentaram 1,1% em setembro, enquanto as vendas de alimentos, bebidas e tabaco subiram 0,7%. Mas as vendas não alimentares caíram 1,5%, incluindo uma descida de 1,4% nas vendas pela Internet e encomendas por correio.

No conjunto da União Europeia, a queda nas vendas dos produtos não alimentares foi de 1,3%, enquanto nos alimentos, bebidas e tabaco cresceram 1% e o combustível para automóvel 1%

A Alemanha, a maior economia da zona euro, registou a maior queda nas vendas a retalho em setembro, cerca de 2,5% face a agosto, mas a Finlândia (-1,9%) e a Holanda (-1,2%) também estiveram em terreno negativo.

As maiores subidas mensais foram observadas na Estónia (7,1%), na Eslovénia (2,9%) e no Luxemburgo (2,3%). Em Portugal, cresceram 1,4%.

Consumidores

Apenas 38% dos compradores leal às marcas no pós-pandemia

Borges, 125 anos de história