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O volume de comércio a retalho manteve-se estável em outubro de 2025 tanto na área do euro como na União Europeia, revelam as primeiras estimativas do Eurostat. Apesar da estagnação mensal, a tendência anual continua positiva, com subidas de 1,5% na zona euro e 1,6% no conjunto da UE face a outubro de 2024.
Alimentação e combustíveis sustentam a estabilidade mensal
Entre setembro e outubro, o comércio a retalho apresentou variações ligeiras que, no conjunto, resultaram numa evolução neutra.
Na área do euro, registaram-se:
- +0.3% em alimentação, bebidas e tabaco
- –0.2% nos produtos não alimentares
- +0.3% nos combustíveis automóveis em lojas especializadas
A trajetória na UE foi semelhante, mas ligeiramente mais robusta em alguns segmentos, como os combustíveis, que avançaram 0.5%.
Luxemburgo lidera ganhos; Bélgica destaca-se pelas quedas
As disparidades entre Estados-Membros continuaram evidentes.
Os maiores aumentos mensais ocorreram em:
- Luxemburgo (+3.6%)
- Estónia (+1.7%)
- Croácia (+1.4%)
Por outro lado, as maiores quebras verificaram-se em:
- Bélgica (–1.3%)
- Áustria (–0.6%)
- Irlanda e Suécia (–0.4%)
Crescimento anual impulsionado pelos não alimentares
Na comparação homóloga, o retalho europeu revela um mercado mais dinâmico do que a fotografia mensal sugere.
Na área do euro, as vendas aumentaram:
- +0.9% em alimentação, bebidas e tabaco
- +2.1% em produtos não alimentares
- +1.8% em combustíveis
No conjunto da UE, a tendência foi semelhante, com os produtos não alimentares à frente (+2.4%) e os combustíveis a crescerem 2.6%.
Entre os Estados-Membros, destacam-se:
- Chipre (+9.9%)
- Bulgária (+7.4%)
- Malta (+6.2%)
Já Luxemburgo (–0.8%), Áustria (–0.6%) e Bélgica (–0.1%) registaram quedas anuais.
Uma recuperação gradual, mas desigual
Os dados de outubro confirmam uma trajetória de recuperação moderada no comércio europeu, sustentada sobretudo por categorias essenciais e pelo dinamismo dos mercados mediterrânicos e de Leste. No entanto, a estagnação mensal e as quedas em algumas economias centrais evidenciam um consumo ainda sensível ao contexto económico e às pressões sobre o rendimento disponível.
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