A partir de abril de 2021, os fabricantes de eletrodomésticos deverão tornar os seus produtos mais duradouros, facilitar a sua reparação e disponibilizar peças de reposição até 10 anos após a compra do produto.
Estas peças terão que ser compatíveis com ferramentas comuns, sem que danifiquem o produto, e entregues com rapidez, além de que as empresas também deverão assegurar que os produtos podem ser reparados por profissionais independentes e manuais de reparação para profissionais e consumidores.
Estas são algumas das medidas preconizadas numa iniciativa da Comissão Europeia, no seguimento do acumular de queixas reivindicando o direito a reparar os equipamentos que avariam após o fim da garantia. Jykri Katainen, comissário europeu com a pasta do Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, indica que estas medidas poderão “poupar aos lares europeus uma média de 150 euros por ano e contribuir para uma poupança de energia equivalente ao consumo total anual da Dinamarca, em 2030”, evitando a emissão de 46 milhões de toneladas de gases com efeito estufa e contribuindo para “uma União Europeia completamente descarbonizada em 2050”.
As novas medidas que visam prolongar a vida útil dos equipamentos estão enquadradas numa iniciativa mais ampla quanto ao design ecológico dos produtos. No caso de máquinas de lavar e secar roupa, por exemplo, estas deverão consumir menos 711 milhões de metros cúbicos por ano até 2030.
A decisão abrange todos os frigoríficos, máquinas de lavar a loiça e a roupa, televisões e monitores, fontes de alimentação, motores elétricos, frigoríficos de venda ao público, transformadores e máquinas de soldar.
Estas medidas vêm juntar-se às novas regras adotadas em março deste ano para as etiquetas de eficiência energética dos produtos, que se espera consigam, até 2020, uma poupança de 150 milhões de toneladas de petróleo, o equivalente ao consumo de energia primário de Itália, e de 285 euros por ano aos consumidores.