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União Europeia aprova compra da Monsanto pela Bayer

O conglomerado alemão Bayer obteve a aprovação do regulador da concorrência da União Europeia para a compra da sua congénere norte-americana Monsanto, um negócio avaliado em 50,87 mil milhões de euros e a última de três grandes fusões que irão moldar a indústria agroquímica.

A transação irá criar uma empresa que irá controlar mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.

Para obter a aprovação de Bruxelas, a Bayer teve de se desfazer de alguns ativos. Entre as condições impostas para a transação prosseguir está a venda do “negócio global de sementes de culturas como canola, algodão e soja (ainda que com pequenas exceções na região da Ásia), a plataforma de I&D para trigo híbrido, o negócio global de sementes de produtos hortícolas, o negócio global de glufosinato de amónio, bem como certos herbicidas à base de glifosato na Europa, predominantemente para uso industrial“, confirma a Bayer em comunicado. Também os negócios globais da Monsanto com o nematicida NemaStrike devem ser alienados. Estes ativos deverão ser comprados pela empresa alemã BASF. “A nossa decisão assegura que continuará a existir concorrência e inovação nos mercados das sementes, pesticidas e agricultura digital após a fusão”, garantiu a comissária europeia Margrethe Vestager. “Particularmente, assegurámo-nos que o conjunto de operadores globais que ativamente concorrem nestes mercados se mantém”.

O presidente da Bayer considerou que “receber a aprovação da Comissão Europeia é um grande sucesso e um marco significativo“. Werner Baumann acrescentou ainda que o conglomerado alemão espera, juntamente com a Monsanto, “ajudar agricultores de todo o mundo a cultivar alimentos mais nutritivos de uma maneira mais sustentável, que beneficiem tanto os consumidores como o meio ambiente“.

A Monsanto é a maior fornecedora mundial de sementes e é também fabricante do glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo. A maior parte das suas vendas são feitas nos Estados Unidos da América e na América Latina. Por seu turno, a Bayer é o segundo fornecedor mundial de pesticidas, desenvolvendo a maioria das suas atividades na Europa. Em 22 de agosto, a Comissão Europeia anunciava a abertura de uma investigação aprofundada ao negócio, referindo “preocupações preliminares” relacionadas com a possibilidade da aquisição “poder reduzir a concorrência em diferentes mercados, levando a preços mais altos, menos qualidade, menos escolha e menos inovação”. A investigação inicial identificou preocupações nomeadamente nas áreas dos pesticidas e das sementes.

A Bayer disse que já teve a aprovação para a transação de mais de metade das cerca de 30 autoridades reguladoras, incluindo as do Brasil e da China, e pretende concluir a transação no segundo trimestre de 2018.

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