in

Uma fusão entre Carrefour e Casino?

O Grupo Casino, que está a ver as suas ações em queda livre devido a preocupações com o seu endividamento, garante ter rejeitado uma abordagem de fusão por parte do Carrefour. Abordagem esta que o grupo de retalho liderado por Alexandre Bompard nega ter feito.

A notícia faz as manchetes da imprensa francesa, numa altura que os supermercados do país se movem para modernizar o seu negócio e enfrentar a crescente concorrência que lhes vem a ser feita pela Amazon. O Grupo Casino diz ter sido contactado recentemente pelo Carrefour sobre uma potencial colaboração, mas que notou a existência de obstáculos regulatórios a esse negócio devido às posições de liderança que ambos ocupam no sector do retalho em França. Em comunicado, o Casino afirma que o seu conselho de administração reuniu-se este domingo, dia 23 de setembro, para “unanimente rejeitar a oferta do Carrefour” e reiterar a confiança na estratégia do grupo de gerar valor a partir do seu posicionamento único. “O conselho também reconheceu as barreiras, em França e no Brasil, à combinação com o Carrefour, especialmente em termos de concorrência e emprego“, acrescenta. De facto, Casino e Carrefour são líderes no comércio de proximidade na região de Paris e, respetivamente, número um e dois no Brasil.

O Carrefour, entretanto, publicou também um comunicado a negar ter feito tal proposta e a expressar a sua surpresa pelo facto do conselho de administração do Casino considerar “uma proposta de fusão que não existe“. Além disso, considera de “inaceitáveis” tais “insinuações“.

Certo é que o Casino evoca um encontro, a 12 de setembro, entre Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, e Jean-Charles Naouri, seu homólogo no outro grupo de retalho. As partes terão iniciado uma análise do processo, auxiliadas no processo por gabinetes de advogados. No caso do Carrefour, os mesmos que colaboraram quando a Fnac, então liderada por Alexandre Bompard, lançou a OPA sobre a Darty. 

O Casino avança, ainda, que o Carrefour propôs um planeamento de encontros durante quatro semanas, para fazer avançar o dossier. O negócio terá falhado quando o Casino terá pedido uma cláusula de “stand still agreement” de seis meses, ou seja, o acordo de não tentar a compra, recusada pelo Carrefour. O que terá motivado a referida reunião do conselho de administração. 

Mercadona prossegue na expansão do seu projeto online

MELOM internacionaliza conceito e conquista reabilitação de imóveis em Espanha