in , , , , ,

Um dos grandes objetivos é apoiar as empresas no seu esforço de internacionalização

Ao fim de 13 edições, a Alimentaria & Horexpo Lisboa reposiciona-se, acompanhando as novas tendências na indústria, distribuição e consumo. Em entrevista à Grande Consumo, Fátima Vila Maior, diretora da área de feiras da FIL, aborda os objetivos deste novo posicionamento de uma feira que arranca já este domingo, 4 de junho, assente em quatro eixos fundamentais: inovação, saúde, bem-estar e valorização da produção nacional.

Grande Consumo – Em 2017, a Alimentaria & Horexpo Lisboa reposiciona-se. A que se deve esta aposta no reposicionamento da feira? Em que se vai distinguir face às edições anteriores?
Fátima Vila Maior – Ao fim de 13 edições, entendemos que seria benéfico olhar para a oferta que já tínhamos e complementá-la, de forma a dar resposta às novas necessidades da indústria, da distribuição, do canal Horeca e do consumidor, que é, no fundo, quem utiliza os serviços e produtos disponibilizados pelas empresas.
Nesta edição, a Alimentaria & Horexpo Lisboa está alinhada com as políticas públicas no que diz respeito à promoção de estilos de vida saudáveis, é o local ideal para promover a captação de investimento direto estrangeiro e representa um palco importante para promover o estabelecimento de parcerias que reforcem o crescimento e competitividade económica do país.
É precisamente por estes motivos que a edição de 2017 se reveste de uma importância particular, que se reflete em quatro eixos estratégicos: inovação, saúde, bem-estar e valorização da produção nacional. É neste sentido que a Alimentaria & Horexpo Lisboa conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, do Ministério da Saúde e do Ministério de Economia.

GC – Era o “fôlego” necessário para manter esta feira na liderança dos salões do género em Portugal?
FVM – Este reposicionamento vai permitir à feira acolher temas atuais e relevantes para o sector, possibilitando novas abordagens aos desafios recentes das empresas da alimentação, da restauração e da hotelaria. Por isso, acreditamos que estão criadas as condições para que a Alimentaria&Horexpo Lisboa se mantenha como a feira mais importante de Portugal e um dos eventos sectoriais mais importantes da Europa, funcionando como plataforma de acesso a um mundo de oportunidades de mais 250 milhões de consumidores que falam português.

GC – Quais são os novos vetores comerciais e de comunicação do novo posicionamento da feira?
FVM –
Estamos sobretudo a falar de quatro eixos: inovação, saúde, bem-estar e valorização da produção nacional. O reposicionamento da Alimentaria & Horexpo Lisboa acompanha as políticas públicas ao nível da promoção de estilos de vida saudáveis, atua na promoção da economia das regiões e no desenvolvimento agrícola, contribui para o debate que envolve a saúde, a educação e a indústria no contexto das escolhas saudáveis e da alimentação do futuro e, ainda, estimula a indústria para responder aos novos desafios através da inovação, da investigação e do desenvolvimento tecnológico.

GC – Quais são os novos sectores cobertos pela “nova” Alimentaria Horexpo Lisboa?
FVM –
O novo posicionamento estratégico vai permitir trazer à Alimentaria & Horexpo Lisboa novos conceitos de exposição, novas participações e novos temas, como a alimentação do futuro, estilos de vida saudáveis, nutrição, produção nacional de qualidade, nova geração de consumidores ou inovação.
Estes temas abrem espaço a novos eixos de atuação para empresas nos segmentos bio, vegan, orgânicos, dietéticos, entre outros.

GC – A internacionalização continua a ser o pano de fundo deste certame?
FVM –
Durante três dias, a feira transforma-se na maior plataforma de contactos em Portugal. Oferece aos profissionais a oportunidade de conhecer em profundidade o mercado português e os seus produtos, assim como aceder a uma ampla oferta de empresas e produtos internacionais, que aproveitam esta oportunidade para apresentarem as suas novidades no mercado português e para conhecerem as novidades dos seus parceiros.
A importância e reconhecimento dos produtos portugueses reflete-se no elevado volume de exportações que se realiza em cada ano para mais de 100 países. Por isso, diria que sim, a internacionalização continua a ser um objetivo fundamental deste certame. Portugal tem 10 milhões de potenciais clientes, tem uma presença significativa na Europa, mas é preciso diversificar para além do continente europeu. Existe uma enorme margem de crescimento para outros mercados estratégicos, nomeadamente do norte de África, América Latina (como, por exemplo, Colômbia e México), Estados Unidos, China e Emirados Árabes. 

GC – A que se deve a maior aposta na produção nacional?
FVM –
Um dos grandes objetivos da Alimentaria & Horexpo Lisboa é apoiar as empresas no seu esforço de internacionalização e contribuir para a dinamização das exportações do sector agroindustrial, trazendo à feira uma rede de parceiros estratégicos.
Por isso, faz todo o sentido valorizar o que é português e a imagem de Portugal lá fora, mostrando Portugal como um país bom para visitar, com produtos de valor acrescentado, que se preocupa com a proveniência dos mesmos, com a saúde e com a sustentabilidade. Creio que tudo isto pode ajudar a melhorar a nossa performance em termos de exportação dos produtos nacionais.

GC – A integração do canal alimentar com o canal Horeca é bem acolhida pelos participantes? Os expositores percebem esta conciliação entre ambos os canais num único espaço?
FVM
Quer as empresas e entidades presentes quer os profissionais que vistam a Alimentaria & Horexpo Lisboa acolheram como uma mais-valia, desde a junção destas duas feiras em 2011, que traz por si só sinergias que permitem mostrar toda a fileira do agroindustrial.
Atualmente, esta é uma feira com uma oferta mais abrangente que permite uma melhor oferta para o expositor presente, que consegue no mesmo local mostrar os seus produtos, equipamentos e serviços que abrangem a distribuição, o mercado tradicional, o canal Horeca e as novas tecnologias inerentes, rentabilizando e potenciando a sua participação.

GC – A Alimentaria & Horexpo Lisboa continua a ser o evento por excelência para a indústria da alimentação e bebidas, canal Horeca e distribuição/comércio?
FVM –
Sem dúvida. Estamos a falar de um evento que é muito mais do que uma feira e que apresenta três salões: a Alimentaria Lisboa, que reúne oferta alimentar e que conta com o apoio e colaboração de todos os canais de distribuição e canal Horeca do país, oferecendo aos expositores e visitantes a oportunidade única de testar lançamentos, realizar contactos e entrar em novos mercados; a Horexpo, que é o evento por excelência para o canal Horeca e apresenta uma oferta global com produtos que vão desde o têxtil aos equipamentos para cafés, bares, pastelarias, restaurantes e hotéis; e a Tecnoalimentaria, que junta a mais completa oferta de tecnologia e equipamentos para a indústria e distribuição alimentar.

GC – Quais são as metas a atingir em termos de números de visitantes?
FVM
Nesta edição são esperados mais de 25.000 visitantes profissionais.

Aldi fecha 32 lojas na Dinamarca após prejuízos

Uma categoria inovadora e resiliente