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Turismo de compras tem que entrar na agenda política e económica

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O turismo de qualidade e de compras será, no futuro, um dos pilares do crescimento económico português. É, pois, necessário que seja colocado na agenda política e económica” referiu Miguel Júdice, presidente do comité organizador da 2.ª Summit Shopping Tourism & Economy Lisboa 2019.

Nos primeiros seis meses de 2019, o sector do turismo registou um crescimento em Portugal, com base sobretudo no turismo de longa distância, apesar da conjuntura de abrandamento da economia a nível mundial e, em particular, europeu.

Foi neste contexto que se realizou, no Pestana Palace Hotel, em Lisboa, mais um fórum que reuniu entidades públicas e privadas para discutir o futuro do sector. A aposta no turismo, que representa hoje 8,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, é assumidamente uma prioridade para o Governo, como salientou Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, na abertura do evento.

Embora Portugal já tenha entrado no “grand tour”, como referiu Cristina Siza Vieira, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal, e as condições de base estejam criadas, é necessária ainda uma estratégia de crescimento que evite os excessos e erros cometidos por outras cidades europeias, como Madrid e Barcelona, cujos autarcas presentes alertaram para o risco. A chave do sucesso está em nunca perder a autenticidade e o carácter único dos destinos e, muito importante, não deixar que os habitantes da cidade se sintam estrangeiros na sua própria terra e que sofram um sentimento de perda.

As previsões do Turismo de Portugal são de que 2019 encerre ultrapassando a barreira dos 24 milhões de turistas. Em 2018, segundo as contas do Instituto Nacional de Estatística (INE), recebeu um total de 22,8 milhões de turistas, o que colocou o país no 17.º lugar no ranking dos países com maior número de turistas a nível mundial, de acordo com a OMT – Organização Mundial de Turismo.

O turismo em Portugal tem crescido mais de 10% ao ano, desde 2014, e o seu peso na economia nacional passou de cerca de 4% do PIB, antes da crise, para mais de 8%, em 2018, o que representa um crescimento a um ritmo muito superior ao do conjunto da economia. Em 2021, deverá chegar aos 9,3%, tendo em conta a previsão do Banco de Portugal, podendo ultrapassar a fasquia dos 20 mil milhões de euros. Caso se confirme, significa que os gastos de turistas estrangeiros irão triplicar, entre 2009 e 2021.

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