Tendo em conta que grande parte dos colaboradores se encontram a trabalhar a partir de casa devido ao isolamento imposto pelo estado de emergência, a Worx – Real Estate Consultants quis perceber de que forma o teletrabalho está a impactar o mercado de escritórios, assim como compreender de que maneira as novas formas de trabalho podem vir a influenciar os espaços de trabalho.
Com base no questionário realizado, a consultora imobiliária constatou na sua abordagem que 60% dos colaboradores estão em teletrabalho. A maior parte das respostas provém de trabalhadores da região de Grande Lisboa, em que as idades médias se situam entre os 31 e os 40 anos. Cerca de 90% dos respondentes consideram que os colaboradores estão motivados a trabalhar remotamente, afirmando que conseguem manter a produtividade (83,3%).
A maior parte dos problemas até agora reportados estão relacionados com falhas no equipamento/Internet, assim como dificuldades na partilha de informação, fatores estes que demonstram que as empresas não estavam preparadas para esta realidade de trabalho.
Cerca de 36% dos inquiridos consideram fazer sentido repensar as necessidades de espaço da empresa (entre 10% a 20% da sua ocupação atual), devido a esta alteração de paradigma. Assim, as organizações poderão otimizar os seus espaços atuais ao terem parte dos colaboradores a trabalhar remotamente, conseguindo melhorar a eficiência ao nível dos seus custos fixos. Empresas como operadoras de telecomunicações, IT, consultoras/análise de dados e research serão pioneiras nesta implementação de método de trabalho.
A esmagadora maioria dos inquiridos parece reconhecer as vantagens desta forma de trabalho e vê o teletrabalho como uma tendência futura, sublinhando, assim, a necessidade de flexibilidade de áreas nos futuros projetos de escritórios em “pipeline”.