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De acordo com o Barómetro de Práticas de Pagamento 2024, elaborado pela Crédito y Caución, 10% do crédito comercial que os fornecedores concedem aos seus clientes, quando cobram pelos seus produtos e serviços no mercado francês, não é pago, o dobro do registado há um ano, com uns adicionais 47% a serem pagos com atraso.
Nos últimos meses, 54% das empresas francesas registou um incremento nos prazos de pagamento dos seus clientes, claramente acima dos 20% que registou uma redução.
O pessimismo quanto às perspetivas de risco de insolvência é evidente no mercado francês. A curto prazo, 68% das empresas em França espera uma deterioração do risco de insolvência dos seus clientes e 52% espera que isso se traduza numa deterioração do desempenho da sua carteira comercial, em termos de pagamentos, ao longo do próximo ano.
Embora 73% das empresas francesas esteja aberto à possibilidade de oferecer crédito comercial aos seus clientes para aumentar as suas receitas, apenas 40% das operações B2B é atualmente realizado a crédito, num contexto de crescente cautela face à deterioração do risco. França apresenta uma tendência negativa nos seus períodos médios de cobrança, o que pode conduzir a uma tensão financeira significativa. Isto é especialmente verdade entre as empresas de bens de consumo duradouro, com 70% a sofrer já com a deterioração da eficiência na cobrança de dívidas.
As condições de empréstimo bancário continuam a ser restritivas no mercado francês, mas 56% das empresas utiliza o crédito bancário como principal fonte de financiamento para cobrir potenciais défices de liquidez causados pelo impacto do risco de crédito dos seus clientes nas operações comerciais. Apenas o sector da construção mostra uma forte preferência pelo financiamento de faturas.
As principais preocupaçês das empresas francesas, tanto a curto quanto a longo prazo, é a estagnação da economia nacional e a pressão da política monetária sobre os investimentos. Outras preocupações generalizadas de curto prazo são a conformidade regulatória, as mudanças nas regulamentações ambientais e a cibersegurança. O sector da construção está particularmente preocupado com as tensões geopolíticas, que podem exacerbar os já elevados custos dos materiais.