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Sustentabilidade dos alimentos é ignorada nas políticas de alimentação saudável

A Associação Europeia de Saúde Pública (EUPHA) elaborou um relatório intitulado “Dietas saudáveis e sustentáveis para os países europeus”, no qual denuncia que a sustentabilidade dos alimentos é ignorada nas políticas de alimentação saudável.

O organismo propõe medidas para que se façam recomendações nutricionais que integrem também o bem-estar animal e a sustentabilidade, de modo a proteger o meio ambiente e melhorar a alimentação e a saúde. A EUPHA considera que é necessário implementar um grupo de trabalho dedicado à nutrição sustentável e que se encarregue de promover as mudanças oportunas nos sistemas alimentares da União Europeia. A associação acredita que a fusão entre sustentabilidade e alimentação saudável deve ser levada a cabo pelas agências que têm estas competências.

A EUPHA aglutina as associações e institutos europeus de saúde pública, com o objetivo de melhorar a saúde, o bem-estar e reduzir a desigualdade nestas matérias para todos os europeus. No entender da associação, tradicionalmente, as organizações de saúde centram-se nos efeitos fisiológicos associados à dieta alimentar, mas agora é o momento para abordar os dois objetivos em uníssono. Deste modo, a Política Agrícola Comum (PAC) deve integrar nas políticas abordadas uma unificação da sustentabilidade e critérios saudáveis e a Organização Mundial de Saúde (OMS) tomar a iniciativa na elaboração de diretrizes dietéticas adequadas e sustentáveis, que integrem os benefícios nutricionais, o bem-estar animal e a componente meio ambiental.

A EUPHA comenta que os impostos sobre o carbono, considerando que podem mudar os hábitos de consumo, deveriam ser aplicados não só nos produtos alimentares que são insustentáveis do ponto de vista ambiental, mas também aos alimentos que não são saudáveis. Mas adverte que alguns alimentos considerados saudáveis podem ter consequências negativas para o meio ambiente, daí que seja necessário realizar um controlo minucioso que permita fazer recomendações criteriosos. O relatório trata de vários temas que implicam a indústria alimentar e comenta que, com uma regulamentação adequada, poderá proporcionar alimentos nutritivos minimamente processados e sustentáveis.

Este documento vem de encontro ao estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), intitulado “Pratos, pirâmides e planeta”, em que se salientou que só quatro dos 215 países estudados incluíam critérios de sustentabilidade nas pautas dietéticas: Alemanha, Brasil, Suécia e Qatar.

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