A Inditex decidiu retirar, definitivamente, do mercado chinês as suas marcas de moda Stradivarius, Bershka e Pull&Bear, as quais, depois de fecharem todas as lojas físicas no país, ao longo do ano passado, deixarão também a plataforma de comércio eletrónico Tmall, propriedade do Alibaba, no dia 30 de julho.
a gigante têxtil indicou que este movimento responde à procura dos clientes chineses, que preferem comprar artigos de alta qualidade em pontos de venda que lhes oferecem uma experiência de compra abrangente e exclusiva, como a que encontram noutras marcas do grupo, como Zara, Massimo Dutti, Oysho e Zara Home, que continuarão a desenvolver-se no país, onde têm, atualmente, 127, 63, 55 e 34 lojas, respetivamente.
Além disso, as vendas online das três marcas representaram uma percentagem muito residual do volume de negócios total da empresa.
A Inditex confirma, assim, uma mudança de tendência nos seus mercados, recuando na China e impulsionando a sua atividade nos Estados Unidos, que, depois de Espanha, é o seu segundo maior mercado apesar de, em termos de vendas físicas, ter apenas uma centena de lojas Zara.
Resultados
Na China, o grupo encerrou o exercício de 2021 com um lucro antes de impostos de 198 milhões de euros, um montante notavelmente superior ao alcançado no exercício anterior (quando, como resultado da pandemia, os resultados caíram para apenas um milhão de euros), mas ainda longe dos 375 milhões que as suas marcas fizeram antes da pandemia.
Como consequência desta queda gradual, a rede comercial das marcas da Inditex no mercado chinês sofreu uma redução significativa, reduzindo para 349 na China (303), Hong Kong (20), Macau (5) e Taiwan (21).
