Sogrape e INL partilham patente de sensor para controlar a maturação das uvas

Sogrape INL

A Sogrape e o INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory assinaram um acordo que estabelece a propriedade conjunta de uma patente já registada, que descreve um sensor autónomo e miniaturizado que usa luz para medir, em tempo real, a maturação das uvas.

Registada em vários países, esta é a primeira patente de base científica da Sogrape, numa altura em que assinala o seu 80.º aniversário. Este projeto resulta da parceria entre a Sogrape e o INL, iniciada em 2015, para exploração de oportunidades de tecnologias emergentes, como a microeletrónica e nanotecnologia, para o sector vitivinícola.

 

Sensor

Sem necessidade de retirar amostras na vinha nem fazer análises num laboratório, o sensor analisa a luz que é reemitida pelos tecidos da uva e que varia conforme os teores em açúcares e ácidos orgânicos aí existentes. Durante a maturação, os teores em açúcares aumentam e os de ácidos orgânicos diminuem.

A inovação do desenho reside na forma de fixação dos sensores no cacho de uvas e na capacidade de poder analisar vários bagos ao mesmo tempo, o que permite ter uma visão representativa da variação que existe não só dentro de cada cacho, mas entre cachos e entre videiras na mesma vinha, dando ao viticultor e ao enólogo uma visão precisa de como a maturação ocorre em cada local, em tempo real”, descreve o comunicado. “A simplicidade do conceito registado e a utilização de microcomponentes optoeletrónicos de precisão na sua construção permitem antever uma comercialização a preços acessíveis, quando a sua produção for feita em série”.

A patente está registada na União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos da América, África do Sul, China e Austrália, estando em curso o registo na Nova Zelândia e Chile.

 

Parcerias

Há vários anos que o departamento de I&D da Sogrape promove parcerias o desenvolvimento e progresso do sector vitivinícola. De acordo com António Graça, “esta patente nasceu de um desafio que lançámos ao INL com base num sonho de ter uma visão mais precisa e real da maturação da uva. Os investigadores do INL responderam a esse desafio interagindo connosco de forma periódica e frequente. Naturalmente, houve momentos de apreciação dos nossos vinhos que ajudaram a explicar o que as palavras não conseguem. E, assim, a invenção nasceu”, refere o Diretor de I&D da Sogrape.

Desde que revelou seu propósito, o INL tem trabalhado para cumprir sua promessa de se converter num centro mundial de nanotecnologia. “Com este acordo de partilha de patente, resultado de cinco anos de trabalho conjunto entre o INL e a Sogrape, abrimos caminho para um plano de exploração de propriedade intelectual mais consolidado e levamos a Internet das Coisas (IoT) às vinhas – a verdadeira a ‘sensorização’ in loco”, afirma Paulo Freitas, diretor geral interino do INL.

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