A Shein gerou mais de 6.100 empregos diretos e indiretos na União Europeia em 2023, ao mesmo tempo que contribuiu com 1.100 milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) da região.
Estes números foram revelados num estudo da Oxford Economics, destacando o impacto económico crescente da empresa no mercado europeu.
Empregos diretos e rede de fornecedores na Europa
O impacto da Shein na União Europeia vai além das vendas online. De acordo com o estudo, a gigante do comércio eletrónico de moda e “lifestyle” criou empregos em áreas como gestão de operações de armazém, análise de dados e gestão de sites, complementados por uma vasta rede de fornecedores. Estes incluem sectores como imobiliário, serviços financeiros, seguros e logística.
Para assegurar a entrega de encomendas, a Shein colabora com mais de 40 prestadores de serviços de “última milha” em toda a Europa, beneficiando também agências intermediárias e companhias aéreas, devido às necessidades logísticas associadas à sua operação global em mais de 150 mercados.
Impacto económico distribuído por três grandes mercados
A análise revelou que cerca de metade do impacto económico da Shein na União Europeia resulta das suas operações de retalho e venda por grosso em França, Itália e Polónia. O restante provém da atividade económica gerada pelos fornecedores locais e pelo consumo dos seus colaboradores.
Em julho de 2024, a Shein anunciou um plano de investimento de 250 milhões de euros na União Europeia e no Reino Unido, ao longo dos próximos cinco anos. Este investimento inclui a criação de um Fundo de Circularidade, destinado a promover soluções sustentáveis e apoiar pequenas empresas.
Além disso, a empresa tem investido em iniciativas de sustentabilidade e apoio a designers europeus. Através do programa Shein X, mais de 600 artistas e designers da União Europeia, representando 15% dos talentos globais do projeto, têm sido integrados.
Desafios regulatórios
Apesar do crescimento, a Shein enfrenta desafios regulatórios na Europa. A União Europeia está a considerar novas taxas sobre receitas de plataformas de comércio eletrónico e sobre encomendas provenientes de fora do bloco, visando equilibrar a concorrência com os retalhistas locais.
Para mitigar este impacto, a empresa tem reforçado os seus esforços de lobby na região, contratando antigos altos funcionários da União Europeia, e planeia uma eventual entrada na bolsa de Londres.