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Sector da IA deve atingir os 990 mil milhões de dólares em 2027

As tarefas impulsionadas pela IA vão crescer entre 25% a 35% anualmente

Inteligência artificial

O mercado de hardware e software relacionado com a inteligência artificial (IA) vai crescer rapidamente, para atingir entre 780 mil milhões a 990 mil milhões de dólares até 2027, adianta o Global Technology Report 2024 da Bain & Company. Esta expansão, assevera o relatório da consultora estratégica, será impulsionada pelo aumento dos dados e pela crescente utilização da IA generativa.

O estudo estima ainda que as tarefas laborais impulsionadas pela IA vão crescer de 25% a 35% anualmente até 2027, gerando uma procura de computadores com maior capacidade de processamento. Por esta razão, o custo dos centros de dados, que oscila entre os mil e os quatro mil milhões de dólares atualmente, poderá aumentar significativamente nos próximos cinco anos, atingindo valores entre os 10 mil e os 25 mil milhões de dólares.

Os níveis de adoção da IA começam a ser significativos em Portugal e há empresas que começam a dar passos importantes, mas existem ainda muitos céticos quanto ao impacto da sua adoção e, acima de tudo, ao retorno real da sua captação e integração em larga escala nos negócios. Este é um facto curioso, já que os primeiros dados sugerem que as medidas de IA generativa podem valer até 20% do EBITDA das empresas. Mesmo assim, apesar de poucas empresas a considerarem estratégica, há muitas que já estão a experimentá-la e a realizar provas de conceito. As áreas onde já se começam a ver resultados incluem o coding (observando-se uma poupança de até 50% no tempo do seu desenvolvimento), a gestão de conhecimento interno e as áreas de serviço ao cliente”, afirma João Valadares, sócio da Bain & Company.

 

Procura por centros de dados

Os grandes centros de dados, que atualmente operam entre 50 a 200 megawatts, poderão expandir-se até 1 gigawatts ou mais, o que impacta as infraestruturas, a produção de energia e as valorizações do mercado. Os data centers mais pequenos também vão ser influenciados por estas mudanças.

Ao mesmo tempo, o edge computing vai evoluir com modelos específicos para os domínios, otimizados para respostas mais rápidas e menor latência. Esta transformação vai afetar o consumo de energia, a sustentabilidade ambiental e as cadeias de abastecimento industriais. A procura de energia para estes centros irá competir com outros setores, como os veículos elétricos, o que acabará por pressionar a rede elétrica.

 

Uma nova escassez de chips

Da mesma forma, o aumento da procura de unidades de processamento gráfico (GPU) poderá, por sua vez, aumentar a procura de alguns componentes-chave em 30% ou mais até 2026. No caso da procura de GPU duplicar até lá, os fornecedores terão de aumentar consideravelmente a sua capacidade de produção.

Esta situação pode, não apenas gerar tensões nas cadeias de abastecimento, como também desencadear uma nova escassez de chips, semelhante à crise vivida durante a pandemia, afetando produtos como os smartphones e os computadores.

 

Oportunidades para empresas e áreas-chave

As empresas pioneiras já começam a sentir melhorias de desempenho que podem ascender a 20% dos lucros em apenas 18 a 36 meses. Estes sucessos iniciais estão a levar a um maior investimento: o número de grandes empresas que investe mais de 100 milhões de dólares na adoção da IA mais do que duplicou no último ano.

Estes investimentos estão a levar as empresas a testar estas tecnologias em centenas de casos de uso diferentes. Nesse sentido, o relatório da Bain & Company revela que a maior parte do valor gerado nas empresas devido à IA pode encontrar-se em cinco áreas-chave: desenvolvimento de software, apoio ao cliente, vendas e marketing, desenvolvimento ou melhoria de produtos e operações internas.

No âmbito empresarial, à medida que as empresas passam da experimentação para a implementação em larga escala de soluções de IA, os diretores de tecnologia (CIOs) deverão integrar a IA em todos os aspetos das suas operações para se manterem competitivos. A IA generativa impulsiona esta transformação. Porém, para captar valor e se adaptar a um ambiente em constante mudança, as empresas precisam de ajustar os seus processos operacionais de forma eficaz.

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Por Bárbara Sousa

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