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Autoestradas como a A22, A44 e A25 tinham, até 1 de janeiro de 2015, portagens associadas. Com o alívio proporcionado pelo governo português – medidas que a Eurowag designa de estratégica – é previsível um aumento da circulação, nomeadamente veículos pesados. “Estima-se que esta alteração promova uma maior circulação de camiões, impulsionando a atividade logística e comercial no território nacional”, refere a empresa.
A Eurowag acrescenta ainda que, embora algumas portagens se mantenham, sobretudo na Área Metropolitana do Porto (caso da A28, A41 e A42), a decisão representa um alívio significativo para empresas de transporte, num momento em que o setor enfrenta crescentes desafios relacionados com custos operacionais e exigências ambientais.
“A abolição de portagens em vias estruturantes traduz-se num estímulo direto à eficiência logística e ao crescimento económico regional”, afirma Ivana Lang, Director of Toll na Eurowag, uma das principais fornecedoras europeias de soluções integradas para transporte rodoviário.
A Eurowag lembra que Portugal integra o EETS (Serviço Europeu de Portagem Eletrónica). Este sistema permite que transportadoras internacionais utilizem uma única unidade para pagamento de portagens em múltiplos países europeus, incluindo Portugal, facilitando a mobilidade transfronteiriça e a conformidade regulamentar.
A empresa refere ainda que Portugal está alinhado com as tendências europeias. Enquanto países como a Alemanha, Áustria e Eslováquia introduzem novas taxas com base nas emissões de carbono para promover veículos mais verdes, Portugal aposta num modelo de incentivo indireto — reduzindo custos de circulação — enquanto reforça a sua infraestrutura digital e ligação ao sistema europeu de portagens.
A decisão de eliminar portagens em determinadas SCUTs representa um custo adicional de 1.106 mil milhões de euros para o Estado. No entanto, espera-se que esta medida resulte numa maior competitividade para o setor logístico e numa melhoria da coesão territorial.