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Roda dos Alimentos vai ser revista

Foto Shutterstock

A Roda dos Alimentos vai ser revista até final de 2020, segundo o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS).

O relatório de 2019 do PNPAS, a que a agência Lusa teve acesso, lembra que a Roda dos Alimentos para a população portuguesa foi desenvolvida em 2003 e precisa de ser revista.

Uma possível retirada do vinho da Roda dos Alimentos, como tinha sido avançado pelo Diário de Notícias, poderá ser uma das questões a ser discutida. “Na verdade, o que a Roda dos Alimentos contém neste momento é um folheto explicativo com as recomendações para a ingestão de álcool”, disse ao Público Maria João Gregório, diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

A Roda dos Alimentos mediterrânica faz, desde 2016, uma referência ao consumo moderado de vinho. No entanto, como não existem atualmente evidências que mostrem que a ingestão de álcool é considerada segura e “sem riscos para a saúde”, esta é uma discussão a ter.

Os responsáveis pelo relatório de 2019 do PNPAS recordam ainda que a utilização de rotulagem nutricional simples e clara, na parte da frente das embalagens dos produtos alimentares, “deve ser considerada como uma importante medida a implementar no âmbito das estratégias para promover uma alimentação saudável”, recordando que Portugal “não apresenta ainda um modelo harmonizado de rotulagem nutricional de carácter interpretativo”, indicam os responsáveis. “Atualmente, sabe-se que 40% da população portuguesa não consegue compreender a informação nutricional presente nos rótulos dos alimentos”.

O relatório de 2019 do PNPAS lembra as medidas tomadas no âmbito da alimentação saudável, designadamente a revisão do imposto sobre as bebidas açucaradas, o acordo com a indústria para reduzir o sal, açúcar e ácidos gordos trans em cereais, leites achocolatados, iogurtes, refrigerantes, pão, batatas fritas e refeições prontas a consumir, entre outros, a legislação sobre a publicidade alimentar dirigida às crianças e a revisão do cabaz de alimentos do programa de ajuda a populações mais carenciadas.

Os autores do relatório frisam que a obesidade é um dos mais sérios problemas de saúde pública, mas chamam a atenção para os dados mais recentes relativos ao excesso de peso e obesidade infantil, que sugerem uma tendência decrescente (de 37,9%, em 2008, para 29,6%, em 2019).

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