O sector do retalho alimentar europeu deverá ter um crescimento de 5%, até 2026, impulsionado pela inflação e não pelo crescimento do volume, prevê a IGD.
A consultora realizou recentemente a sua European Future Talk, na qual partilhou as suas perspetivas para a região nos próximos cinco anos. Como explicou Jon Wright, responsável pelos “insights” europeus na IGD, “após o período de 2015 a 2019, que registou um modesto crescimento anual composto de 1,1% e um aumento anormal de 4,7% em 2020, em resultado da pandemia, esperamos ver algum retorno à normalidade este ano, com um crescimento constante nos próximos cinco anos“.
Para o ano em curso, o mercado deverá crescer 2%, apesar das preocupações com a reabertura pós-Covid, com base no forte crescimento registado no ano passado.
Olhando para o futuro, é provável que o crescimento varie de país para país, dependendo do ambiente local em cada um deles.
Confiança dos consumidores continua frágil
“Embora a perspetiva seja geralmente positiva, é de realçar que a confiança dos consumidores é frágil“, sublinhou Jon Wright. “Ao longo do último ano fluiu e tem o potencial de reverter bastante acentuadamente, em resposta à mudança de condições“.
Todos os canais da região deverão ter vendas adicionais até 2026, mas a quota de mercado dos hipermercados e supermercados deverá diminuir 2,5% e 2,8%, respetivamente, adianta a IGD.
A conveniência, discount e canais online são suscetíveis de ganhar quota, impulsionada pela sua posição importante durante a pandemia. A IGD já tinha notado anteriormente que o aumento das compras quotidianas estava a ajudar a impulsionar o sector das lojas de conveniência em toda a Europa.
“Os hipermercados vão concentrar-se em manter a quota, repondo o espaço, trabalhando com terceiros e apoiando o online“, disse Jon Wright. “Os supermercados também vão enfrentar alguns desafios interessantes para 2026 e o investimento será feito no apoio a uma série de missões e ocasiões de consumo“.