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Relocalização e conveniência na base da recuperação do retalho pós-Covid

Foto jadimages/Shutterstock

O surto de Covid-19 provocou a migração dos consumidores para zonas suburbanas e rurais, longe dos centros urbanos, o que está a promover a descentralização do retalho para aceder a novos segmentos de consumidores, segundo a Wgsn.

As mudanças deixadas pela pandemia estão a traçar um novo mapa de lojas longe do centro das cidades, de acordo com o relatório “Retail Local: Changes and Strategies 2021”. Desde o início da pandemia, a vida dos consumidores tem-se concentrado em bairros e áreas residenciais, o que tem causado uma diminuição no afluxo aos centros urbanos. Em 2020, mais 68% de pessoas mudou-se de Nova Iorque e muitas deixaram grandes cidades como São Francisco ou Los Angeles para viver em cidades menores, como Scottsdale (Arizona) ou Columbus (Ohio).

Por outro lado, na China, após a pandemia, milhões de pessoas decidiram não regressar às zonas urbanas, o que significou a reafirmação do padrão migratório, impulsionado pelo elevado preço das rendas nas cidades e pelos cuidados de saúde não acessíveis a muitos trabalhadores. Em Londres, a população vai diminuir, pela primeira vez, no século XXI, uma vez que as pessoas preferem viver em locais residenciais, longe do centro da cidade.

 

Encerramento de lojas

Esta situação está a traduzir-se no encerramento de estabelecimentos: mais de 11 mil lojas fecharam, em 2020, nos Estados Unidos e, até 2025, mais de 100 mil poderão desaparecer, refere o relatório.

Este ano, prevê-se uma redução de 67% na afluência aos centros urbanos, de acordo com os dados da Brightpearl recolhidos pela Wgsn. Além disso, 63% dos consumidores vai comprar mais no comércio local, até julho.

Tudo isto está a promover a deslocalização do comércio a retalho para zonas suburbanas e rurais, que serão, segundo a Wgsn, os próximos pontos principais para localizar os novos estabelecimentos. Assim, o retalho perderá destaque nos centros metropolitanos para descentralizar e apostar nas ruas locais mais comerciais, com novas lojas pop-up, de conveniência e espaços terceiros focados na comunidade onde estão inseridos.

 

Q-commerce

A Covid-19 também acelerou a digitalização e a compra de bens através da Internet. Nesse sentido, a Wgsn destaca o aumento do q-commerce, a mais recente tendência no comércio eletrónico, com base na rapidez de compra e conveniência na entrega.

De acordo com a Wgsn, a velocidade tornou-se uma necessidade e isso está a favorecer as compras de conveniência.

 

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