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Reequilíbrio da China afetará os seus parceiros comerciais

A Crédito y Caución estima que o reequilíbrio da economia chinesa tenha um impacto negativo de 0,8% no crescimento global entre 2017 e 2018, e de 1% a 1,5% nos seus parceiros comerciais mais próximos.

O mais recente relatório divulgado pela Crédito y Caución analisa o impacto global do processo de reformas iniciado pela China para reequilibrar a sua economia incentivando o crescimento do consumo, em detrimento dos investimentos e das exportações, como motor do crescimento económico. “As implicações comerciais do lento e gradual reequilíbrio da China continuam a ser significativas”, explica o relatório.

O relatório prevê a manutenção do programa de reequilíbrio. “É necessária uma reestruturação em larga escala, embora isso venha a custar milhões de empregos. O problema do excesso de capacidade é pior nas indústrias de mineração, aço e outras indústrias pesadas. As autoridades chinesas começaram a abordar a questão impondo restrições orçamentais e começando a reestruturar a dívida das empresas públicas, mas os progressos são lentos. Após o Congresso Nacional a realizar no outono deste ano, esperam-se passos mais arrojados, o que provavelmente diminuirá o crescimento no próximo período“.

Para avaliar as implicações gerais do processo em curso sobre os parceiros comerciais da China e sobre a economia mundial, o relatório contrasta dois cenários: um cenário base que mantém o crescimento em 2017 e 2018 em torno dos 6% e um alternativo que procura um elevado crescimento no qual a Administração chinesa elevasse as taxas de aumento dos investimentos e do comércio externo para os níveis anteriores a 2014.

Comparando os dois cenários, o impacto do reequilíbrio em curso será especialmente sentido pelos seus parceiros comerciais mais próximos como Singapura (-1,4%), Taiwan (-1,1%) e Coreia do Sul (-1,1%), além do Chile (-1,0%) e do Qatar (-0,8%), que exportam grandes quantidades de produtos básicos para a China. O impacto negativo do reequilíbrio da China também se fará sentir na economia mundial. O relatório estima o impacto negativo sobre o crescimento do PIB mundial em cerca de 0,8% durante o período de 2017-2018.

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