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Que desafios enfrenta a indústria agroalimentar?

A falta de inovação, o desfasamento tecnológico e a dificuldade de financiamento são alguns dos problemas que enfrenta a indústria agroalimentar, de acordo com a aceleradora agroalimentar espanhola Orizont.

Este sector, que é o principal para a economia do país vizinho, ao gerar 2,4 milhões de postos de trabalho, peca por falta de inovação, mudança e regeneração. Apenas 3% dos empreendedores arrisca apostar em novos projetos.

A aceleradora deteta cinco principais desafios para este sector na atualidade. A começar, precisamente, pela falta de inovação, derivada da idade avançada dos agricultores, o que limita a aposta em tecnologia. Mais de 33% dos agricultores e produtores de gado espanhóis têm mais de 65 anos e apenas 3,7% está abaixo dos 35 anos. “É necessário educar e formar os profissionais do sector, para que a inovação se converta numa das suas prioridades e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento da indústria agroalimentar”, assinala a Orizont.

Conseguir igualar os restantes sectores no âmbito tecnológico é outro dos desafios. Apesar de grande parte do sector ter já começado a implantar e aplicar novas tecnologias nos processos produtivos e na gestão da cadeia de valor, deve continuar a investir na renovação tecnológica, já que esta terá uma importância vital nas próximas décadas.

Por outro lado, as exigências dos Millennials são outro dos desafios. De acordo com a Orizont, está a emergir uma nova geração de consumidores que está a mudar as regras do jogo e procura novas tendências de consumo. “Alargar a vida útil dos produtos, reduzir o preço, oferecer mais variedades ou embalagens mais sustentáveis são algumas das chaves para adaptar-se a esta nova geração”.

Os consumidores mostram também um interesse crescente pelos superalimentos, produtos naturais e menos processados e com menor teor de aditivos.

As dificuldades de financiamento são outro desafio, já que esta indústria é construída por um grande número de PME, que indicam a falta de suporte económico para implementar os seus projetos.

Finalmente, a compra tradicional está, no entender da Orizont, “em vias de extinção”. A aceleradora defende que é difícil imaginar os agricultores e os consumidores no mesmo cenário. O número de intermediários é cada vez maior e o comércio eletrónico veio acrescentar ainda mais distância.

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