O cabaz padrão de produtos de marca própria em Portugal registou aumentos de preços de 32% no último ano, enquanto um cabaz semelhante de produtos de marca de fabricante registou um aumento de 13%, segundo um estudo da Deco Proteste.
No entanto, o estudo conclui que os consumidores continuam a mudar para marcas próprias, mesmo com o aumento dos preços.
No período de 1 de janeiro a 31 de dezembro, a associação portuguesa de consumidores monitorizou, diariamente, o preço de 60 produtos, incluindo 30 produtos de marca própria de gama média, a par de um número equivalente de produtos de marca do fabricante, nas lojas online dos supermercados Auchan, Continente, Intermarché, Minipreço e Pingo Doce. Durante 2022, o preço médio da grande maioria dos produtos subiu bem acima da taxa de inflação, enquanto 23 dos 30 produtos de marca própria viram os seus preços aumentar mais, em termos relativos, do que os seus homólogos de marca de fabricante.
Poupança
De acordo com a Deco Proteste, em algumas categorias, a poupança que os compradores conseguiram ao comprar produtos de marca própria, em detrimento de produtos de fabricantes, foi significativamente reduzida.
Por exemplo, aqueles que optaram por massas de marca própria, no início de 2022, economizaram em média 48%, em comparação com a marca equivalente do fabricante, uma diferença que caiu para apenas 22% a 31 de dezembro.
Isto deve-se ao facto de o preço do produto do fabricante ter caído 4% (de 1,32 para 1,27 euros), enquanto o preço do produto de marca própria subiu 44%, de 69 para 99 cêntimos.