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Portugueses deverão comprar 230 mil veículos novos em 2019

O sector automóvel de veículos particulares novos cresceu 2,8%, em Portugal, no último ano, o que significa um total de 228 mil veículos, contra os cerca de 222 mil registados em 2017. Refira-se que, em 2016, o valor foi de 207 mil.

Entre os 13 países europeus analisados, Portugal registou o sexto maior crescimento, ultrapassado pela Hungria, Polónia, Holanda e Espanha, todos acima dos sete pontos percentuais, e França, neste caso, com crescimento de 3%. A média de crescimento no total dos países analisados foi de 2,2%.

Para este ano, as perspetivas apontam para um crescimento residual do mercado nacional e para uma recessão na Europa, com uma quebra estimada de 2,5%. Entre os 13 países analisados pelo “Observador Cetelem Automóvel 2019”, Portugal crescerá 0,7% e apenas a Espanha e Eslováquia registarão variações positivas de 2,2% e de 2%, respetivamente. A Hungria, depois de ter sido o país com maior crescimento em 2018 (16,1%), travará a fundo, com uma quebra estimada na ordem dos 11,1%. “O mercado europeu atingiu, em 2018, valores similares ao contexto pré-crise de 2008, com cerca de 16 milhões de veículos novos vendidos a particulares. A recessão nas vendas de veículos a privados parece atingir países com grande tradição no sector, como o Reino Unido ou Itália. Mas o mercado automóvel de particulares em Portugal também não sai ileso, pelo que, depois do crescimento registado em 2018, deveremos assistir a uma estabilização nas vendas. Quanto às motorizações, as estratégias globais que visam diminuir a importância do diesel e potenciar os veículos elétricos estão a resultar em parte. Se os veículos movidos a gasolina aumentaram significativamente nos últimos anos, e não se prevê que abrandem a curto prazo, os híbridos e os elétricos não ultrapassam, para já, os 6% e os dados apontam que se aproximarão dos 10% em 2020“, sublinha Pedro Nuno Ferreira, diretor Automóvel do Cetelem.

Mercado mundial

À escala global, desde 2010 que se registava um crescimento acentuado, sempre na ordem dos 5%. No entanto, no segundo semestre de 2018, assistiu-se ao que parece ser um novo paradigma no sector automóvel, com contração do mercado. Para 2019 prevê-se uma estagnação, em larga medida devido à quebra registada na China a partir de julho, que implicou uma retração no final do ano de 4,1% (mesmo que este ano volte a crescer, com previsões na ordem dos 2,9%). Nos Estados Unidos da América assistiu-se a uma quase estagnação, com valores a rondarem 0,3%. Porém, em 2019, espera-se nova quebra do mercado norte-americano (-3,9%). O mercado japonês continua em queda, embora seja inferior ao que se verificou em 2017.

Os veículos a gasolina e híbridos são os vencedores no que concerne ao mercado global de motorizações.

No caso dos automóveis a combustão interna, a quota de mercado dos veículos a gasolina continua a crescer e estima-se que em 2018 tenha chegado aos 54%, mais seis pontos percentuais que em 2016, e bem acima dos 33% de 2014. As previsões até 2020 apontam para um crescimento constante (dois pontos percentuais ao ano, até aos 58%). Já o diesel continua a perder expressão (40% em 2018, menos sete pontos que em 2017 e menos 24% que em 2014).

Entre os motores mais inovadores, o destaque vai para os híbridos, que chegaram em 2018 aos 5% de quota de mercado. Um crescimento constante, pois prevê-se que a sua quota em 2019 seja de 6% e em 2020 de 7%. Já as vendas de veículos elétricos continuam a ser residuais, menos de 1%, e sem expectativa para os próximos dois anos, pois a sua quota de mercado não deverá ultrapassar os 3%.

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