Portugal está entre os países europeus com preços de comunicações eletrónicas mais baixos, ocupando o segundo lugar do ranking, liderado pela França, de acordo com a “Análise de preços das comunicações eletrónicas na Europa” da Associação de Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL), elaborada pela Deloitte.
Este estudo apresenta, pela primeira vez, uma comparação feita com base na oferta de serviços com maior predominância entre os consumidores portugueses (os pacotes 3P e 4P).
Análise
Com esta análise, a APRITEL vem responder à questão “quanto gastaria por mês um consumidor que, saindo de Portugal para um país da União Europeia, quisesse manter o nível de serviço?”. Segundo o estudo, cujos dados apresentados consideram a taxa de IVA e a atualização da paridade do poder de compra, em Portugal, os preços médios para os pacotes 3P (televisão, Internet fixa e telefone) são 34% inferiores à média dos países da União Europeia analisados (38,60 euros face a 58,05 euros, valor considerando a paridade do poder de compra).
Já para os pacotes 4P (televisão, Internet fixa, telefone e telemóvel), os preços médios são 20% mais baixos (59,94 euros face a 75 euros, valor considerando a paridade do poder de compra).
Para a comparação foram considerados os 10 países europeus que mais se assemelham a Portugal em termos de qualidade e diversidade de oferta de serviços de comunicações eletrónicas. São eles a Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Estónia, França, Hungria, Irlanda, Países Baixos, Reino Unido. “Esclarecer e prestar informação ao consumidor é uma das missões da APRITEL e, por isso, apresenta este estudo que, pela primeira vez, vem analisar os serviços mais utilizados pelos consumidores portugueses e compará-los com os valores das ofertas disponíveis num conjunto relevante de países europeus”, explica Pedro Mota Soares, Secretário Geral da APRITEL.
“Trata-se, acima de tudo, de uma análise que, efetivamente, compara o que é comparável e as suas conclusões demonstram que as comunicações eletrónicas em Portugal apresentam preços mais baixos do que a média europeia, preços altamente competitivos, que aliados a uma oferta de serviços inovadora e de qualidade tornam Portugal ímpar e um exemplo”, sublinha Pedro Mota Soares.
O sector das comunicações eletrónicas em Portugal representa 2,3% do PIB e emprega cerca de 18 mil pessoas.