Nos 13 países europeus nos quais a Otovo está presente, Portugal apresentou o melhor desempenho a nível de vendas, entre julho e setembro, mostra o documento com os resultados da sua operação global relativos ao terceiro trimestre de 2023.
Os resultados trimestrais da Otovo, publicados na bolsa de Oslo, evidenciam um crescimento generalizado do negócio face ao período homólogo.
As receitas globais geradas pela empresa fixaram-se nos 392 milhões de coroas norueguesas (cerca de 33,1 milhões de euros), o que significa um aumento de 67% face ao mesmo período de 2022. Estes valores foram possíveis devido às 2.629 instalações realizadas neste período (mais 33% quando comparado a julho, agosto e setembro do ano passado).
Outra das variáveis relevantes para aferir o crescimento do negócio é o dos lucros brutos, que neste trimestre atingiram os 103 milhões de coroas norueguesas (cerca de 8,7 milhões de euros). Este número representa uma subida de 94% face ao período homólogo.
Para o crescimento das vendas a nível global contribuiu bastante a subscrição mensal (cerca de 27% do total das vendas neste terceiro trimestre), modelo que chegou a Portugal, pela primeira vez, através da Otovo.
Os objetivos atingidos pela Otovo no mercado português, ao longo do primeiro ano de operação, ajudam a explicar os resultados e consequente destaque a nível global, no terceiro trimestre. Entre setembro de 2022 e setembro de 2023, a empresa vendeu mais de mil instalações em todo o território nacional e sete em cada 10 destas são por subscrição mensal.
Transição energética
Uma das principais ilações a retirar deste trimestre é a unanimidade entre os diretores gerais da Otovo nos vários mercados europeus em relação à urgência de se desenvolverem mais políticas públicas que contribuam para promover e acelerar uma democratização da transição energética, que continua a estar distante das famílias sem capacidade financeira para realizar investimentos a pronto pagamento.
“Tal como já disse, a transição dos consumidores para a energia solar é uma inevitabilidade que, demorando mais ou menos tempo a efetivar-se, não está dependente da concessão de subsídios governamentais. Contudo, todas as medidas que surjam para incentivar e agilizar esta transição são seguramente bem-vindas e os dados provenientes dos vários mercados em que a Otovo está presente parecem confirmar esta premissa”, afirma Manuel Pina, diretor geral da Otovo em Portugal. “Mas é fundamental que estas políticas promovam uma maior democratização do acesso a energias mais limpas e permitam a cada vez mais famílias, mesmo as que não têm liquidez para investimentos à cabeça, instalarem painéis fotovoltaicos nas suas casas”.