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Pandemia influencia vendas de “consumer healthcare”

Foto Shutterstock

À medida que a pandemia por Covid-19 progrediu, tornou-se cada vez mais claro que iria ter um impacto significativo no modo como a sociedade opera e como as pessoas compras bens essenciais para o dia-a-dia, incluindo produtos de saúde.

De acordo com os dados da IQVIA, efetivamente, a pandemia impactou as vendas de “consumer healthcare”, especialmente os relacionados com a prevenção do contágio d o tratamento de sintomas ligeiros da Covid-19.

Observando o que se passou em sete países europeus (Alemanha, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia e República Checa) no período de 14 semanas terminado a 5 de abril, a consultora deteta um padrão entre a progressão da pandemia e as vendas daqueles produtos.

Em Itália, por exemplo, por volta da semana 8, as vendas de gel e de desinfetante de mãos começaram a crescer, atingindo o pico na semana seguinte, com os consumidores a tentarem comprar estes produtos onde quer que estivessem disponíveis. Simultaneamente, as vendas de analgésicos e antipiréticos, vitaminas, suplementos minerais e medicamentos para a tosse também começaram a crescer. O pico aconteceu entre as semanas 11 e 12, numa altura em que os italianos se prepararam para o confinamento e começara a armazenar produtos para alívio dos sintomas, como analgésicos e antipiréticos e tudo o que pudesse melhorar o sistema imunitário.

Ao analisar o mercado considerando todos os segmentos sem receita médica, cuidados pessoais, nutrição e geriatria, deteta-se um cenário similar, com um pico das vendas durante as semanas 8 e 12, à medida que a pandemia progredia. Fora destas categorias, existem outros produtos que experimentaram picos semelhantes na procura, embora com variações por país, incluindo nutrição especial para adultos, alimentação infantil, leite infantil, máscaras, luvas, termómetros e produtos essenciais de uso regular, como os para a incontinência e cuidados do cabelo.

 

Eco nas redes sociais

O crescimento das vendas iniciado na semana 8 é refletido nas conversas nas redes sociais, que versaram sobre a falta de disponibilidade nas lojas e dos preços mais elevados nos produtos essenciais, à medida que as regras de confinamento eram aplicadas.

A cobertura mediática de alguns temas, como quando se avançou que o ibuprofeno poderia agravar a infeção, também contribuiu para alguns picos quer nas conversas quer nas vendas.

Em todos os países, foi observado um claro crescimento das vendas de produtos de saúde através de farmácias e parafarmácias online, que excederam as das farmácias físicas no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Não obstante, o canal online estar já amadurecido e bem estabelecido nalguns mercados, como a Alemanha, e noutros ser ainda relativamente pequeno, como a Polónia.

Em países como a Hungria e a República Checa, as vendas online de “consumer healthcare” foram quatro vezes maiores que as offline.  Em Itália, o online foi 13 vezes maior que o offline.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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