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O “Velho das Barbas” está de volta

A Longa Vida comemora seis décadas de existência nos lares portugueses e celebra com o lançamento de uma edição especial do icónico “Velho das Barbas”. Empresa que se inicia em 1957, no Porto, com a comercialização de lotes de manteiga e queijo dos Açores, é por um feliz acaso que se aventura num produto pouco vendido na altura: o iogurte. Hoje, o boião de vidro de iogurte é a assinatura da marca, que abraça estes 60 anos com a intenção de modernizar o tradicional produto e de oferecer novos sabores e formatos.

A Longa Vida celebra o seu 60.º aniversário com um regresso às origens. O famoso “Velho das Barbas”, parte integrante da história da categoria em Portugal, retorna aos iogurtes da marca, mas com um toque fresco e moderno.

Uma história que se iniciou, no Porto, com três famílias que se dedicavam a comercializar lotes de manteiga e queijo dos Açores. “Um dos sócios teve uma tremenda dor de dentes. O dentista, na altura, recomendou que, depois do tratamento, consumisse iogurtes, visto que teria de evitar comida sólida por um tempo prolongado. Ao ver os benefícios do iogurte para o seu problema, teve a ideia de lançar o negócio”, explica Nuno Tavares, diretor de Marketing da Lactalis Nestlé.

O iogurte, um produto pouco comercializado na época, provou ser uma descoberta deliciosa que convenceu a restante equipa a criar o Iogurte Vitaminado Longa Vida, acompanhado pela conhecida imagem do “Velho das Barbas”. Este produto, que inicialmente entrou nas farmácias e rapidamente deu o pulo para mercearias e lojas de artigos alimentares, teve um grande sucesso e contribuiu para a notoriedade da marca.

Apesar de ter interrompido a sua aposta na comunicação, a Longa Vida mantém uma forte presença na mente dos portugueses. “A Longa Vida é uma marca tradicional, com uma notoriedade enorme. Os últimos dados dizem-nos que 85% dos portugueses conhecem a Longa Vida, o que é fantástico para uma marca que não comunica há alguns anos. Quando se fala com um português, a marca tem um lugar no coração. É uma marca que está para ficar e queremos aproveitar a celebração dos 60 anos para que dê o salto para o século XXI”, afirma.

Legado
Um legado muito próprio, não só por ser uma das poucas marcas nacionais no mercado de iogurtes, mas porque está muito ligada às emoções dos consumidores portugueses. O legado da marca e a sua proximidade ao consumidor são um ponto a favor das vendas. “Mas chegámos a um ponto em que temos que voltar a estar perto do consumidor. A marca Longa Vida evoluiu para outros produtos, surgiram outras marcas e outros tipos de produto, como os para criança, os iogurtes líquidos, os magros, entre outros. Começamos a ter que definir prioridades. Antes, estes eram os iogurtes de toda a gente. Hoje em dia, são os chamados iogurtes básicos. Mas há a tendência de voltar ao puro e ao tradicional”, assegura Nuno Tavares.

O gestor admite que faltava ainda o “gancho” que impulsionasse as pessoas a comprar Longa Vida. “Esse ‘gancho’ estamos a fazê-lo com a atualização de produtos do antigamente. Caso funcione, vai dar azo a que a marca evolua para o estatuto de uma marca antiga, mas que adaptada aos dias de hoje. O boião de vidro, que tintilava dentro da caixa de madeira onde era distribuído, é uma assinatura da marca. A oferta evoluiu para iogurtes líquidos, para produtos mais industriais, mas a tradição e a origem da marca estão ali. Os iogurtes em boião de vidro vão ser o foco da nossa campanha e um ponto central de toda a comunicação”, diz o responsável.

Assim, o plano de comunicação faz apelo ao sentimento, à história, à missão e ao “saber fazer” que os portugueses já associam a esta marca 100% portuguesa. A campanha de comunicação será feita no ponto de venda, apoiada por mupis e imprensa, assim como rádio, onde pretendem atingir um público mais jovem. “Vamos falar com pessoas que conhecem a marca e começar a tentar ser interessantes para quem eventualmente não a conhece ou nunca viu a sua evolução. Vai ser uma comunicação evolutiva, porque vai depender muito de como é que o consumidor vai reagir, quem vai reagir, que idade têm essas pessoas e com isso vamos construir a plataforma de comunicação”.

Quanto ao futuro, o objetivo para 2017 está traçado e é ambicioso. A Longa Vida quer crescer 15%, “o que está dentro das expectativas do que vimos no primeiro trimestre”, confirma Nuno Tavares.

Este artigo foi publicado na edição 44 da Grande Consumo.

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