As mega cidades converteram-se num campo natural para o desenvolvimento do comércio eletrónico, de acordo com o estudo “Future of e-commerce in FMCG” da Kantar Worldpanel. Em cidades como Londres, Pequim, Xangai ou Tóquio as vendas online representam quase 10% do mercado de grande consumo. Estes são valores muito superiores aos dos próprios países de origem: 7,5% no caso do Reino Unido e 6,4% no caso da China.
O impulso das grandes cidades no e-commerce deriva da conveniência deste canal para o “shopper”, assim como da rápida aceitação da venda através de dispositivos móveis.
Não obstante, existem determinadas particularidades que fazem a exceção à regra. Nos últimos anos, na China, a maior taxa de crescimento da penetração do comércio online está a registar-se nas cidades mais pequenas, com valores de 59% entre 2014 e 2016, face aos 28% de grandes cidades como Pequim ou Xangai. Por outro lado, o peso do e-commerce no grande consumo em Paris chega a 3,8%, face aos 5,6% de França, já que o formato Drive é amplamente explorado nas áreas suburbanas, mas tem mais dificuldades no centro das cidades, por dificuldades logísticas, ao mesmo tempo que as lojas de proximidade satisfazem essa necessidade de conveniência.
Perante esta realidade, os retalhistas necessitam de estabelecer uma estratégia omnicanal que diferencie as suas ofertas nas grandes cidades, onde a tecnologia móvel e as capacidades digitais serão essenciais para ganhar uma vantagem competitiva.
