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Novos hábitos alimentares e preocupações ambientais estão entre os grandes desafios do sector agroalimentar

Foto Shutterstock

As mudanças nos hábitos alimentares, a necessidade de reduzir a pegada de carbono na produção de alimentos, as disputas comerciais entre Estados, o aumento dos salários e o reduzido poder das empresas na fixação de preços são os cinco desafios-chave do sector agroalimentar identificados pela Euler Hermes, acionista da COSEC.

De acordo com o estudo “Agrifood: New risks looming ahead”, embora, à primeira vista, o sector apresente um bom desempenho, desde 2017 registam-se 30 grandes insolvências todos os anos a nível global. E se em 2018 as vendas totais destas empresas insolventes eran de 5,9 mil milhões de euros, em 2019 dispararam para os 18 mil milhões de euros.

A acrescer a isto, os economistas da empresa de seguro de créditos estimam que as margens operacionais da indústria agroalimentar continuem a deteriorar-se (abaixo de 9%, em 202,0 em comparação com os 10,2% em 2018) e que os custos aumentem 1,4 pontos percentuais, para 21,8%, em 2020, face a 20,4%, em 2015, crescendo mais depressa do que os proveitos. .

 

5 grandes desafios do sector agroalimentar

A análise complementa estes dados identificando cinco desafios que se colocam às empresas do sector. Em primeiro lugar, as mudanças nos hábitos alimentares e a evolução da consciência ambiental, sobretudo no ocidente. Com uma procura cada vez maior por alimentos saudáveis e com menor pegada ambiental, os fabricantes veem-se obrigados a investir significativamente na sua oferta.

A par destes dois desafios, a indústria agroalimentar tem de gerir um número crescente de intervenções nas políticas comerciais dos Estados. Das cerca de seis mil novas medidas implementadas desde 2009, apenas 40% facilitou ou liberalizou o comércio. Este contexto tem obrigado as empresas a diversificar os canais de fornecimento, suportando maiores custos logísticos.

O estudo destaca ainda como desafios-chave a evolução do valor dos salários (2,3% na Zona Euro e 3% nos Estados Unidos), que representam 11% de todos os custos de operação no sector agroalimentar, e o reduzido poder destas empresas na fixação de preços, nomeadamente no canal do retalho, o que as impede de transferirem para o consumidor alguns dos custos que, progressivamente, pressionam os seus lucros.

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