Mikhail Fridman
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Mikhail Fridman abandona o conselho de administração da LetterOne

Na sequência da sanção imposta pela União Europeia, em resposta à invasão russa da Ucrânia, o empresário Mikhail Fridman abandonou o cargo de membro do conselho de administração da LetterOne, proprietária do Grupo DIA.

O magnata russo manifesta-se “profundamente desapontado” com a decisão de Bruxelas, que considera de “injusta e equivocada” e rejeita qualquer ligação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tendo avançado que vai avançar para a impugnação da sanção que lhe foi imposta, que congela os seus ativos em território europeu e o impede de se deslocar no espaço da União Europeia.

Tanto Mikhail Fridman como o seu sócio, Petr Aven, também alvo das sanções, deixaram o posto no conselho de administração da LetterOne, tendo os seus perfis sido eliminados da página web corporativa do grupo de investimento.

Mikhail Fridman insiste que a atividade da LetterOne, e por extensão a das empresas em que investiu, como o Grupo DIA, do qual controla 77%, não deverá ser impactada. “Espero que não tenha nenhum impacto na empresa. Não há nenhum problema político com Espanha. A LetterOne continua em funcionamento. Investimos mais de dois mil milhões na Dia. Aspiramos construir uma grande empresa de retalho em Espanha e nos restantes mercados em que opera. Estamos nesse caminho e espero que nada nos afaste desse objetivo“.

 

Conflito na Ucrânia

Na apresentação dos resultados do exercício de 2021, o Grupo DIA pronunciou-se também sobre o conflito na Ucrânia e a sanção imposta ao empresário russo. Em comunicado, indica que “o Grupo DIA é uma empresa espanhola, fundada em Madrid e presente, ao dia de hoje, em quatro países, Espanha, Brasil, Argentina e Portugal, onde 36 mil pessoas trabalham diariamente para criar relações de proximidade com as comunidades onde opera. O conselho de administração atual é composto por membros espanhóis, brasileiros e portugueses que tentam refletir, de forma plural, interesses de diferentes mercados internacionais.  Durante os seus mais de 40 anos de história, a estrutura acionista do Grupo DIA foi composta por investidores de diversas nacionalidades e origens. Atualmente, o seu acionista maioritário, LetterOne, é uma empresa internacional anglo-luxemburguesa”.

Relativamente à sanção imposta a Mikhail Fridman, Stephan DuCharme, presidente executivo do Grupo DIA, pretendeu transmitir uma mensagem de estabilidade afirmando que o Grupo DIA não foi atualmente afetado de forma alguma. “Nenhum acionista da LetterOne, incluindo o Sr. Fridman, ostenta, nem individualmente nem mediante acordo com outros acionistas, o controlo da LetterOne. Portanto, nem a LetterOne, nem consequentemente o Grupo DIA, estão sujeitos a qualquer sanção”.

Num momento de grande consternação pela situação da Ucrânia, a companhia mostrou a “absoluta rejeição” do conflito. “Queremos transmitir ao povo ucraniano uma mensagem de solidariedade e apoio pelas consequências humanitárias desoladoras que estão a afetar milhões de pessoas e que nos enchem de grande preocupação”, refere Stephan DuCharme.

 

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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